O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) registrou irregularidades em 28 hospitais de Curitiba de um total de 59 fiscalizados. Em toda a regional de Curitiba, que inclui a capital, os município da região metropolitana e o litoral, 60% de um total de 101 hospitais apresentaram algum problema. Em 80% dos casos, a irregularidade verificada foi a falta da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), assinada pelos profissionais responsáveis por serviços de manutenção ou reformas.
A ART é a garantia de que a manutenção de equipamentos hospitalares ou da própria edificação (como elevadores, central de gás ou ar condicionado) foram prestados por profissionais registrados. Em toda a regional, foi constatado um total de 187 irregularidades (81 delas em Curitiba). A meta do Crea-PR é concluir a fiscalização de 50% dos 433 hospitais do estado até o final deste mês.
O Crea-PR não tem o poder de autuar os estabelecimentos, já que sua atribuição é fiscalizar a atuação profissional. Prestadores de serviço não habilitados poderão responder por exercício ilegal da profissão. “Os hospitais precisam de manutenção a cada dois anos, e cada manutenção dessa é uma atividade técnica. A ART é a garantia de que o profissional tem capacitação técnica para fazer o serviço”, explicou Géssica Bazzi, facilitadora de fiscalização da regional Curitiba do Crea-PR.
Em 20% das irregularidades foi verificada a falta de manutenção do equipamento. “Nesse caso, o fiscal pode fazer uma orientação sobre a necessidade da manutenção. A fiscalização não é só dos equipamentos, mas de toda a área”, disse Géssica Bazzi.
Além dos equipamentos específicos de uso hospitalar, foram verificados sistemas de ar condicionado, elevadores, caldeiras, redes de combate a incêndio, centrais de gás, geradores, transformadores, quadros e cabines de energia, plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, desinsetização e obras de reestruturação, construção e reforma.
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