Cozinhar é um barato

Chefs usam maconha para dar “brisa” e sabor aos pratos

A liberação da cannabis para fins medicinais e recreativos em muitos países impulsionou a criatividade dos chefs.

Nos EUA, onde a maconha para uso recreativo é liberada em 18 dos 50 estados, a culinária canábica ganhou até realities na Netflix.

No Brasil, a proibição obriga os cozinheiros a emigrarem para outros países em busca de oportunidades.

“Não queria mais viver a violência do Brasil e busquei um país onde a maconha estivesse liberada”, diz o chef capixaba Gustavo Souza, que se mudou para o Uruguai.

Hoje ele compõe o pequeno grupo de cozinheiros canábicos do país e trabalha como personal chef: prepara menus completos à base de maconha.

O cozinheiro uruguaio Bruno Bukoviner, mais conhecido como Green Chef, também promove refeições canábicas em Montevidéu.

Ele aposta nas carnes, nas massas e usa até as sementes da planta para realçar o sabor e dar um toque crocante às saladas.

Uma das principais habilidades dos chefs canábicos é saber dosar THC, CBD, terpenos e outros componentes da cannabis.

O objetivo é equilibrar sabor, aroma e “barato”: dominar a dosagem é essencial para obter uma “brisa” mais forte, um efeito sedativo ou ambos.

“O mais importante é usar a maconha com consciência para que se tenha uma boa experiência”, resume o Green Chef.

Descubra como eles cozinham com maconha em 3 passos

Reportagem:  Andrea Torrente Roteiro: Jess Carvalho