Uma fábula sobre a imigração
O prêmio Nobel dado a Abdulrazak Gurnah nesta quinta (7) parece uma tardia homenagem a Euphrase Kezilahabi, o mais conhecido escritor da moderna Tanzânia, e à tradicional poesia daquela parte do mundo
O prêmio Nobel dado a Abdulrazak Gurnah nesta quinta (7) parece uma tardia homenagem a Euphrase Kezilahabi, o mais conhecido escritor da moderna Tanzânia, e à tradicional poesia daquela parte do mundo
O tratamento dado aos personagens, a descrição de suas dores, o encontro consigo mesmo e com o outro, o modo como a escritora coloca frente a frente sujeitos tão distintos e tão iguais, é de fazer o leitor parar a leitura para enxugar as lágrimas e tomar ar. Quase voltei a fumar. Na falta de um cigarro, abri um vinho
Trata-se daquele tipo de literatura que é boa pelas coisas que ela aponta, e não pela escrita em si, lembrando – e gosto de frisar isso – que a boa literatura é o encontro dessas duas coisas: o conteúdo e um excelente projeto de escrita
“E talvez não seja fortuito que os velhos percam primeiro as datas e os nomes, tornando as narrativas impossíveis”
Na literatura do escritor angolano, o discurso de determinada personagem serve como uma luva para a realidade que ele descreve
Sendo negras e mulheres, não foram tratadas como escritoras, mas quase como um espetáculo teatral ou de circo