“Foi grande e foi nosso”: morre Fernando Calderari

Artista plástico faleceu aos 82 anos

“Ontem ele parou. No cavalete uma tela inacabada, incompleta como minha vida será de hoje em diante”, lamentou Maria Fernanda Calderari nas redes sociais, publicando uma foto da última obra de seu pai, o artista plástico Fernando Calderari, que faleceu de causas naturais na última segunda (13), aos 82 anos.

Foto: Maria Fernanda Calderari

Ela não foi a única a se manifestar publicamente sobre a perda. Rafael Greca decretou luto oficial em Curitiba e escreveu sobre o colega. “Célebre em suas telas evocando o mar, sua obra fixada em praias imaginárias, sombreadas de nuvens. Hoje seu barco ancorou no porto, redes recolhidas, velas enfunadas. Não mais o temor das vagas. Agora a Paz da Eternidade”, disse o prefeito. “Foi grande e foi nosso.”

Também a presidenta da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Cristina de Castro, registrou suas condolências. “Curitiba perde um de seus artistas mais criativos, mas o seu nome ficará na história das artes visuais brasileiras. Expressamos nosso pesar e manifestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos.”

Trajetória

Fernando Calderari nasceu na Lapa, em 1939. Na juventude, estudou com Guido Viaro e Erbo Stenzel e se entregou a diversas linguagens artísticas: pintura, desenho, gravura e escultura com ferro.

Na década de 1970, o artista foi orientador do Ateliê de Gravura do Centro de Criatividade de Curitiba. Nos anos 1980, atuou como professor da Escola de Belas Artes do Paraná.

Ao longo de sua carreira, realizou inúmeras exposições e teve suas obras espalhadas por todo o país e também pelo mundo. No Brasil, sua arte pode ser apreciada no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, no Museu de Arte do Paraná, no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Calderari também recebeu uma série de premiações, entre elas, medalhas de ouro no Salão Primavera e no Salão Paranaense.

O artista deixa milhares de admiradores, dois filhos e dois netos.

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