Vigilância Sanitária intima empresa responsável por restaurantes da UTFPR após casos de intoxicação

Órgão realizou fiscalização após denúncias anônimas via 156, da prefeitura

A Vigilância Sanitária de Curitiba intimou a empresa responsável pelos restaurantes da Universidade Tecnológica Federal (UTFPR), depois que cerca de 150 pessoas passarem mal após comerem no local.

Os casos aconteceram no último dia 18, mas apenas no dia 24 houve fiscalização no local. Isso ocorreu, de acordo com a prefeitura, porque embora a UTFPR soubesse da situação foi apenas por meio de denúncia anônima que a Vigilância tomou conhecimento dos casos de intoxicação alimentar.

Em nota, a Secretaria da Saúde de Curitiba salientou que “no momento específico da inspeção, porém, não foram constatadas situações precárias de higiene e que exigissem ação imediata da equipe”.

Nesse sentido, conforme rege a Lei Municipal nº 9000/1996, não houve interdição porque não havia risco eminente para a saúde. “Pelo fato de não terem sido encontradas condições precárias de higiene e demais situações de risco eminente naquele momento da inspeção, não havia base legal para que o restaurante universitário fosse interditado”, informou a nota da Vigilância.

A fiscalização anterior havia sido feita em novembro de 2019, segundo o órgão, e nesta ocasião também não foram constatadas irregularidades.

Após a visita da última semana, o estabelecimento foi intimado a realizar algumas adequações relacionadas a manutenção da estrutura física e de equipamentos, bem como providenciar ajustes na documentação.

Além disso, a Vigilância também registrou uma notificação de surto no último dia 26, e o Serviço de Epidemiologia está investigado os casos.

Ao Plural, estudantes relataram que um fricassê de frango pode ter causado o mal-estar. Eles relataram ainda que sofreram com vômito, diarreia, dores de cabeça e febre. Alguns chegaram a ser internados para receber atendimento médico.

A empresa responsável, Mãos Peruanas, foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta reportagem ainda não havia se manifestado.

Por sua vez, a Vigilância disse que “no decorrer do processo sanitário, a Vigilância Sanitária adotará as medidas legais passíveis” e que está acompanhando o caso.

Tanto a unidade do Ecoville quanto a do Centro seguem servindo refeições para os alunos e servidores.

A UTFPR informou, por meio da assessoria, que não vai mais se pronunciar sobre assunto até que os processos internos legais sejam concluídos.

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