Vigilância não viu irregularidades em RUs após casos de intoxicação

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) disse, por meio de nota, que os restaurantes universitários das sede Ecoville e Centro foram fiscalizados pela vigilância sanitária após os relatos de intoxicação alimentar ocorridos no último dia 18. De acordo com […]

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) disse, por meio de nota, que os restaurantes universitários das sede Ecoville e Centro foram fiscalizados pela vigilância sanitária após os relatos de intoxicação alimentar ocorridos no último dia 18. De acordo com a instituição, não foi constatada nenhuma irregularidade nas cozinhas na vistoria realizada na terça-feira (24).

A UTFPR disponibilizou um canal para que estudantes e servidores façam comunicações de eventuais problemas causados após consumo de refeições do RUs. Uma lista organizada pelos alunos já conta com mais de 150 reclamações.

Um dos estudantes que passou mal foi Thales Salata, graduando em Sistemas de Informação. “Eu fiquei com uma dor abdominal que não é normal, acredito que seja por conta do fricassê de frango que comi e inclusive outros alunos já relataram que passaram mal comendo, além do peixe”, revelou. Como os restaurantes não fecharam, nesta quinta-feira (26), ele voltou a comer no local.

Isso acontece porque as refeições custam R$ 3,50, ou seja, um valor simbólico, que ajuda no orçamento dos estudantes. A aluna de Comunicação Organizacional, Carolina de Freitas, é uma das que almoçava e jantava no RU e passou mal. “Na sexta de manhã (20/05) também tive vômito e diarreia, fora o corpo ruim. Tive que comprar dois medicamentos para ver se passava, tive febre e até hoje não estou conseguindo comer muito, ainda sinto dores no estômago, talvez eu esteja com medo de comer. Essa semana procurei não comer lá. Mas apesar de todos esses casos, o restaurante universitário ajuda muito, por isso toda essa revolta dos alunos em querer uma mudança. Nós esperamos conseguir isso”, lamenta.

Laura Bozza, aluna de Engenharia Ambiental e Sanitária, disse que esta não é a primeira vez que ocorrem questionamentos sobre a qualidade dos alimentos servidos. “Infelizmente essa não é a primeira vez desde a entrada dessa terceirizada que os alunos têm intoxicação”, declarou ao Plural.

A empresa responsável por gerenciar os restaurantes é a Mãos Peruanas, Lanchonete e Eventos Eirelli, que, por meio de nota, declarou que “o restaurante conta com controle rigoroso de recebimento de congelados, com aferição de temperaturas e verificação de datas de validade, a fim de assegurar ao consumidor final uma refeição produzida com os mais rigorosos níveis de segurança alimentar”. O Mãos Peruanas também afirmou que “lamenta o ocorrido, porém assegura a lisura dos alimentos produzidos e servidos, bem como destaca que apresentará toda documentação relativa ao controle de qualidade para o setor de fiscalização da UTFPR”.

A comissão da vigilância que visitou a empresa irá entregar o laudo para a nutricionista responsável na próxima semana. Por enquanto os restaurantes continuarão servindo mais de 2 mil refeições diárias.

A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a vistoria da vigilância sanitária até o fechamento deste texto.

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