“Não há mais ‘gordura’ para queimar. As instituições pedem socorro. Se não forem salvas agora, haverá um cenário trágico de interrupção de atividades antes do final do ano e de evasão, sobretudo de estudantes mais carentes.”
Assim, as quatro Universidades Federais do Paraná escrevem aos deputados da bancada paranaense no Congresso Nacional. Por lá, está em votação a nova proposta de orçamento do governo para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
Ela prevê um corte de R$ 1,18 bilhões e vai atingir atividades de manutenção, como luz, limpeza, transporte e vigilância. A quantia representa 18% do orçamento 2020 das universidades e, se aprovada, “inviabilizará o próprio funcionamento das instituições”, garantem os reitores.
Assinam a carta: Ricardo Fonseca (UFPR), Marcos Schiefler Filho (UTFPR), Gleisson de Brito (Unila) e Odacir Zanatta (IFPR). Juntas, as instituições possuem 12.757 servidores (docentes e técnicos), 108.885 estudantes, 2.096 trabalhadores terceirizados e estão presentes em 51 municípios.
O texto lembra que os recursos para a manutenção das federais já vêm sendo reduzido há seis anos. Em 2021, contudo, “a redução prevista para as verbas do PNAES (que garantem a permanência dos estudantes mais pobres) é radical, o que antecipa um cenário dramático”. Diferente de 2020, desta vez não se trata de um contingenciamento, mas de cortes no orçamento.
Diante do perigo da redução nas verbas de custeio, as IFES “precisam de apoio e clamam, para isso, para quem pode deliberar sobre o orçamento público: os/as parlamentares”.