As duas principais universidades públicas de Curitiba decidiram paralisar a partir desta segunda-feira (16) todas as suas aulas, por duas semanas, em razão da chegada do coronavírus à cidade. UFPR e UTFPR tomaram a decisão em conjunto depois de uma reunião neste domingo. A PUC-PR e a Universidade Positivo podem anunciar adesão à paralisação durante a semana.
Em tese, essa poderia se transformar em uma das maiores paralisações da história recente das universidades paranaenses: não se descarta que as aulas cheguem a ficar suspensas por até dois meses.
Os reitores das quatro mais importantes universidades da capital se reuniram neste domingo com representantes da secretaria da Saúde de Curitiba e da Secretaria de Estado da Saúde. A ideia da suspensão temporária das aulas é evitar que o contágio da Covid-19 se alastre por Curitiba.
Ainda não se sabe como acontecerá a reposição das aulas. Primeiro, será preciso ver quanto tempo vai durar a paralisação. Hoje, a tendência é que ao fim das duas semanas seja necessário prorrogar a suspensão das aulas por mais um período. Isso porque o pico da epidemia está previsto só para o fim de abril, e seria prudente esperar que o número de casos comece a baixar.
Na reunião deste domingo, as autoridades dos governos recomendaram que as universidades mantivessem as atividades por mais um período, alegando que seria cedo para a suspensão, e que parando agora provavelmente haverá um recesso mais longo do que o necessário. O Plural apurou também que houve alegação de que isso poderia aumentar a sensação de pânico.
No entanto, as duas universidades federais levaram em conta a análise de seus próprios especialistas – a UFPR havia montado um grupo com professores da área de saúde e biológicas para analisar a questão – e chegou à conclusão de que o melhor para enfrentar os efeitos da pandemia é parar as aulas o quanto antes.
A UFPR também prometeu para breve instruções para o trabalho dos técnicos, que não têm suas atividades suspensas.