STF mantém Estrada do Colono fechada

Após três décadas de disputas judiciais, caminho que corta o Parque Nacional do Iguaçu não poderá ser reaberto

O pedido de reabertura da Estrada do Colono, que corta o Parque Nacional do Iguaçu, foi negado pela última instância da justiça brasileira. O Supremo Tribunal Federal (STF) não aceitou recurso, assinado por representantes de 16 municípios da região, que pedia a retomada do caminho.

A Estrada do Colono funcionou como elo econômico e histórico entre o Oeste e o Sudoeste do Paraná até 1986, quando foi fechada por apresentar riscos ao Parque Nacional do Iguaçu, área de preservação ambiental permanente. Foi então que começaram as disputas judiciais. Em 1997, o caminho foi reaberto ilegalmente e só definitivamente fechado em 2001.

Nestes 19 anos, a vegetação se regenerou e fechou a estrada. Ainda assim, muitos prefeitos reivindicavam sua retomada por considerar a via importante economicamente. “Não tem qualquer sentido a reabertura dessa estrada porque a floresta já se regenerou. A dita Estrada do Colono não existe mais. Agora, com a decisão definitiva da justiça, esperamos que entendam que o melhor é manter o Parque Nacional do Iguaçu na sua integralidade”, afirma o deputado Goura (PDT), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Novas tentativas

Goura alerta, no entanto, que o parque ainda corre risco já que há dois projetos de lei tramitando no Congresso Nacional que propõem a reabertura da estrada. “Vamos nos manter mobilizados para impedir que sejam aprovados. A Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso está trabalhando para isso”, garante o parlamentar.

O presidente Jair Bolsonaro, durante visita à região em 2019, disse ser favorável à reabertura da estrada.

O Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as Cataratas do Iguaçu, é Patrimônio Natural da Humanidade e a última porção preservada de Mata Atlântica no interior do país. Também possui o último santuário de preservação de onças pintadas da região.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima