Sindicato dos Médicos descarta proposta de médicos trabalharem com Covid-19

Simepar se manifestou contra a ideia proposta pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Médicos também são contra redução de isolamento de 10 para 5 dias

O Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) se manifestou contrário a proposta do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que médicos contaminados com o coronavírus, mas assintomáticos, continuassem a trabalhar durante o período de isolamento de dez dias. A instituição também se declarou contrária a redução do isolamento de pessoas contaminadas ou com suspeita da doença de 10 para cinco dias.

Segundo o presidente do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, embora o CDC norte americano tenha atribuído cinco dias, o órgão recomenda mais cinco dias de isolamento respiratório. E isso vale para pessoas que ficariam em casa.

“Não se pode comparar e aplicar a redução do isolamento de pacientes com o trabalho dos profissionais de Saúde. Os médicos e enfermeiros têm exposição a altas cargas virais nas unidades de Saúde, onde o volume de pessoas contaminadas e transmissoras possibilita reinfecções sucessivas e agrava o quadro daqueles que estão em convalescença”, disse Morais.

Para o Simepar, a possibilidade é temerária para a Saúde Pública e cruel para os trabalhadores. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e a Prefeitura de Curitiba, que publicaram diretrizes recentemente, seriam no mínimo sete dias de isolamento.

Segundo ele, a atitude mais correta seria disponibilizar teleatendimento maciço para evitar o deslocamento das pessoas e conseguir manter tanto os pacientes como os profissionais abrigados da contaminação desnecessária.

“Já alertamos para a necessidade de chamar profissionais já concursados para aumentar a oferta de cuidados. Com o recente e veloz crescimento de contaminações é fundamental que os órgãos públicos disponibilizem recursos para estancar os danos que a pandemia pode ainda causar em todo o sistema e evitar novo colapso. Essa deve ser a atitude de quem aprendeu com os dois anos da pandemia que ainda vivemos”, completou.

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