Servidores públicos fazem ato contra Ratinho Jr. em Curitiba

Protesto desta sexta-feira lembrou os sete anos da “Massacre do Centro Cívico”

Aproximadamente 5 mil servidores públicos se reuniram nesta sexta-feira (29) no Centro Cívico, em Curitiba, para relembrar os sete anos da “Massacre do Centro Cívico”, quando cerca 200 pessoas, a maioria professores, foram feridas por policiais militares após decisão do governador Beto Richa (PSDB) para que intervissem.

Além disso, os educadores interromperam o trabalho em diversas escolas públicas do estado, embora as aulas tenham sido mantidas pela Secretaria Estadual da Educação (Seed). Também participaram do protesto representantes de outras categorias, que são membros do Fórum de Entidades Sindicais (FES).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), entre outros pontos, os manifestantes cobram o cumprimento da data-base com reajuste de 36%, promoções, progressões, anuênios e quinquênios; e também alegam que estão sobrecarregados.

O ato teve início na Praça 19 de Dezembro. Bandeiras, carro de som e até uma manifestante fantasiada de ratinho ouviram discursos inflamados contra o governador. “São nossos direitos e a nossa vida profissional que estão em jogo”, afirmou a presidente da APP, Walkiria Mazeto.

O presidente do Sindicato do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), Kamil Salmen, disse que para o funcionalismo público, Ratinho Jr. é o pior governador da história. “Hoje todas as delegacias e institutos de identificação estão fechados e estamos demonstrando nossa indignação e pedir a data-base.”

Fora Bolsonaro

Além de funcionários que atuam em Curitiba, servidores de outras cidades também estiveram no protesto. Um deles foi o professor aposentado José Francisco, que é de Ivaiporã. “Há muita defasagem no salário por causa da inflação e, por isso, também precisamos pedir o fora Bolsonaro.”

Endossando o coro, as vereadoras professora Josete (PT) e Carol Dartora (PT) participaram do protesto, bem como os deputado estadual professor Lemos (PT), e os federais Aliel Machado (PV) e Zeca Dirceu (PT).

Dizendo palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Ratinho Jr. (PSD) os funcionários públicos marcharam até a sede do governo, onde uma comissão foi recebida por representantes da Secretaria de Administração e Previdência (Seap) e apresentou as demandas da categoria. Um novo encontro entre trabalhadores e a Seap deve acontecer nos próximos dias.

O trajeto foi acompanhado pela Polícia Militar (PM), que também tem membros acampados em frente ao Palácio Iguaçu e não houve registros de violência.

Desgaste

Ratinho Jr. enfrenta um momento desgaste do governo. Além da greve dos funcionários da área da saúde e a paralisação dos professores, policiais têm cobrado melhores condições de trabalho e reposição salarial em todo estado.

Nesta semana, o governador trocou o comando da Secretaria da Segurança Pública, atualmente ocupada por Wagner Mesquita, que entrou no lugar do coronel Romulo Marinho Soares, após a tentativa de assalto em Guarapuava que terminou com a morte do policial militar Ricieri Chagas, baleado na cabeça.

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1 comentário em “Servidores públicos fazem ato contra Ratinho Jr. em Curitiba”

  1. Reinaldo Soares de Souza

    Uma grande maioria desses que aí estão votaram no Rato,foram avisados… quem não conhece essa família,Ai esta o resultado do voto inconsequente e irresponsável de parte desses servidores…
    Sou testemunha aqui em Arapongas desses votos e apoio.Cidade pequena onde quase todos conhecem todos e via-mos nas ruas seus carros adesivados com o nome do Rato.

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