Servidores do Paraná fazem paralisação em 29 de abril

Manifestação por campanha salarial deve reunir 10 mil pessoas no Centro Cívico

O funcionalismo público estadual terá um dia de paralisação para alertar o governo do que pode acontecer caso Ratinho Junior (PSD) insista no discurso de que não há verba para repor os salários dos 220 mil servidores da folha de pagamento, sem reajuste há três anos.

Com o apoio de 22 sindicatos, os trabalhadores acenam para uma greve prolongada se um acordo não for fechado na reunião prevista para a manhã de segunda-feira, 29 de abril, data em que 10 mil pessoas são esperadas para um protesto no Centro Cívico.

No mesmo lugar e na mesma data, há quatro anos, os servidores foram reprimidos por policiais após protestos contra a aprovação de mudanças no fundo previdenciário da categoria.

A data, em que mais de 200 ficaram feridos, se tornou símbolo de resistência e esbarra em outra data importante para a classe, o primeiro de maio, quando vence a data-base para o reajuste salarial. A reivindicação é por uma reposição de, no mínimo, 4,8%. De acordo com os sindicados, após 44 meses de defasagem, os prejuízos chegam a 17%.

“O que pedimos não é nem um aumento de salário é apenas um reajuste, que não acontece há três anos. Um verdadeiro descaso do governo. Nossa pauta é extensa mas o ponto mais importante é a data-base”, afirma Donizete Silva integrante da coordenação do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que organiza a paralisação.

Pauta emergencial

Na pauta emergencial, que será levada para reunião com a Casa Civil nesta segunda, estão reivindicações como: respeito à jornada de trabalho, melhorias no atendimento à saúde, realização de concurso público, além da posição contrária à reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro.

O pagamento da data-base e o reajuste aos servidores foi uma das promessas de campanha do governador Ratinho, que agora serão cobradas. “Esperamos uma mesa de negociação efetiva, não como nos outros anos, em que foram só promessas. Se continuar com o discurso que não tem dinheiro e que está impedido por questões legais, o que não é verdade, se continuar com essa politica de desvalorização, a tendência é que, pela insatisfação do servidor, a greve seja muito mais encorpada e duradoura”, alerta o sindicalista.

Caravanas devem chegar do interior e se reunir às 9h na Praça Santos Andrade, de onde os manifestantes seguem em passeata até a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico.

Veja as categorias que participam da paralisação:

  1. Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.
  2. Servidores Públicos Técnicos.
  3. Engenheiros no Estado do Paraná.
  4. Policiais Civis de Londrina.
  5. Servidores Estaduais da Saúde do Paraná.
  6. Agentes Penitenciários.
  7. Escrivães de Polícia do Estado do Paraná.
  8. Servidores do Detran PR.
  9. Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região.
  10. Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná.
  11. Servidores do Sistema Penitenciário do Paraná.
  12. Trabalhadores em Estabelecimentos Estaduais de Ensino Superior de Ponta Grossa.
  13. Servidores do Poder Judiciário PR.
  14. Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e afins.
  15. Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá.
  16. Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino Superior do Oeste do Paraná.
  17. Docentes e Agentes Universitários do Ensino Superior Estadual de Guarapuava e Irati.
  18. Investigadores de Polícia do Paraná.
  19. Funcionários do Ipardes.
  20. Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas.
  21. Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná.
  22. Associação de Praças do Estado do Paraná.

 

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