Servidores acusados de receber dinheiro para zerar dívidas de IPTU são afastados em Pontal do Paraná

Crimes teriam acontecido entre 2017 e 2019

Dois servidores da prefeitura de Pontal do Paraná foram afastados na quarta-feira (4), acusados de fraudes em tributos. A operação “Tribu” foi deflagrada pela Polícia Civil (PC) após denúncia da própria prefeitura. Mais de R$ 1 milhão em valores foram sequestrados e bloqueados pela Justiça.

A PC cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Pontal, Paranaguá e São José dos Pinhais. Uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição.

A investigação começou depois de uma sindicância realizada pela prefeitura apontar irregularidades no sistema de controle de tributos. Em nota, o município afirmou que os fatos ocorreram entre os anos de 2017 e início de 2020.

Ainda segundo a administração, foram descobertas inconsistências no sistema informatizado do Departamento de Tributação e indícios de que teriam sido suprimidos diversos tributos de maneira indevida, contando com desvio funcional de alguns servidores municipais.

O prefeito do Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes Filho (MDB), disse que os desvios precisam retornar para os cidadãos. “Esperamos que os responsáveis sejam condenados e que os tributos retornem à população”.

Cooperação

Após a denúncia feita à PC, a administração forneceu documentos para auxiliar os policiais que faziam as diligências.

O que se sabe até agora é que os servidores afastados – que não tiveram as identidades divulgadas – receberam dinheiro para suprimir tributos de alguns proprietários de terrenos e imóveis na cidade. O dinheiro era depositado na conta de um funcionário comissionado. Ele já exonerado.

Os envolvidos devem responder por peculato eletrônico, corrupção passiva tributária, crime tributário, falsificação de documento público majorado, falsa identidade e associação criminosa. 

Apesar da conclusão da operação, a investigação ainda não foi encerrada. “Com as buscas de continuamos os trabalhos para mensurar a dimensão da fraude”, destacou o delegado responsável pelo caso, Marcos Pestano.

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