Curitiba retoma restrições na quarentena

Com aumento do número de casos e da taxa de infecção do vírus na cidade, capital retoma "bandeira laranja"

Com um total de 34.812 infectados pelo coronavírus, e 1.051 curitibanos que morreram em razão de complicações da Covid-19, Curitiba retoma as restrições da chamada “bandeira laranja”. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a mudança foi motivada pelo aumento dos casos ativos e da taxa de transmissão do vírus na cidade.

Agora, Curitiba registra 4.576 casos ativos – de pessoas na fase aguda, transmitindo a doença. O número é o maior registrado nos últimos 15 dias. O chamado “R”, que mede quantas pessoas cada paciente pode infectar, também subiu e voltou a ficar acima de 1.

Consequências

Foram 18 dias na “bandeira amarela”, que permitiam o funcionamento de uma série de atividades econômicas, abertura de parques, e funcionamento de bares e academias. Nesse período, foram 7.155 novos casos: uma média de 398 confirmações por dia. Com 233 óbitos, em média, 13 curitibanos morreram a cada dia da “bandeira amarela”.

Na semana passada, o município chegou a ter uma diminuição no número de mortes. Com uma média de dez mortes por dia, esse foi o menor valor registrado desde 12 de julho. A partir de 30 de agosto, no entanto, os óbitos e os novos casos voltaram a aumentar.

“Foram 700 casos ativos em uma semana, é bastante preocupante. Voltamos a subir”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak. A médica infectologista, Marion Burger, também classificou a alteração como “preocupante” e afirmou que a mudança de bandeira vem como uma precaução “para não deixar subir desordenadamente”.

A volta das restrições adia o plano de retomada de procedimentos eletivos e de atendimentos municipais que, segundo Huçulak, estavam no horizonte da SMS. A mudança de bandeira já havia sido contesta pelo Ministério Público em 19 de agosto.

A SMS ainda não informou qual decreto passará a restringir novamente as atividades, mas adiantou que as mudanças não serão exatamente as mesmas que foram impostas anteriormente. “Vamos ter uma quarentena no domingo, aquilo é eficaz”, afirmou Huçulak. As restrições passam a valer apenas na segunda-feira (7).

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