Alvo de inúmeros processos judiciais de clientes que tentam recuperar o dinheiro investido, o Grupo Bitcoin pediu recuperação judicial no último dia 4 de novembro. Se acatado o pedido nos termos apresentados, todas as execuções judiciais contra as empresas do grupo ficam suspensas, bem como as apreensões de bens e valores.
O pedido apresentado a 1.ª Vara de Falências de Curitiba, lista oito empresas do Grupo, que deve mais de R$ 23 milhões a clientes que não conseguem reaver os valores aplicados nas plataformas do banco. A ação que pede a recuperação credita às ações judiciais e ao encerramento da conta do Banco Bitcoin no Banco Plural as dificuldades para saldar os valores devidos.
“O que as Autoras pretendem, ao ajuizar a presente medida, é justamente voltar a operar para fazer frente aos seus compromissos; retomar as transações, gerando receitas, sem que seus ativos sejam diariamente atacados em demandas pontuais, que inviabilizam a retorno das atividades”, diz o documento.
Se aceito o pedido de recuperação, um administrador judicial deve ser nomeado. As empresas terão 60 dias para apresentar um plano de recuperação. E os clientes e demais credores do grupo terão que habilitar seus créditos junto à justiça.
Caso a Justiça não aceite o plano de recuperação, o Grupo poderá ter seu falência decretada, situação na qual os bens e demais valores das instituições serão apurados, vendidos para pagar os credores.