Em colapso, o sistema de saúde do Paraná tinha, em 17 de março, 5.988 pacientes com Covid-19 precisando de internação para 4.396 leitos ativados. Apesar disso, o governo de Ratinho Jr. acaba de renovar até 1º de abril medidas mais brandas de isolamento social. As ações do governador, aponta relatório de pesquisadores da unidade de Pesquisa e Extensão em Políticas Sociais e Desenvolvimento Urbano (PDUR), da UFPR, se alinharam ao do presidente Jair Bolsonaro, que em um ano minimizou a gravidade da pandemia e não tomou nenhuma medida eficaz para evitar a atual situação de colapso.

“O enfrentamento da pandemia na RMC priorizou, a princípio, a preservação da economia em detrimento da saúde dos cidadãos, mesmo que oficialmente o poder público local não admita, sua política está alinhada ao posicionamento do Presidente Jair Bolsonaro, que aposta na chamada “imunidade de rebanho”, hipótese sem comprovação cientifica em nenhum país do mundo”, afirma o relatório.

A conclusão é baseada na análise das ações, leis e decretos emitidos por Ratinho e pelo prefeito Rafael Greca em dez meses de pandemia (março a dezembro de 2020).

Os pesquisadores apontam que, na condução da resposta do Paraná à pandemia, Ratinho não chegou a ser tão enfático quanto Bolsonaro em negar a relevância da prevenção, mas agiu de forma a minimizar a importância do combate à doença. Ratinho, por exemplo, “nunca cobrou a implantação de um plano nacional de combate à Covid-19, e se recusou a endossar cartas assinadas por governadores de diversos Estados que dirigiam críticas ao presidente, por suas declarações negacionistas, seus ataques antidemocráticos, e mais recentemente pelo fracasso diplomático nas negociações com China e Índia nas negociações das vacinas”.

O relatório do PDUR também destaca a atuação do governador no desenvolvimento e fabricação da vacina russa Sputnik no Estado. “Em agosto havia anunciado acordo para testagem e eventual produção da vacina, porém a cooperação previa a submissão de dados à Anvisa em setembro e a realização de testes em outubro, procedimentos que não ocorreram.”

O estudo completo da UFPR pode ser consultado aqui:

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