Servidores da Educação Pública do Paraná decidiram não voltar às aulas presenciais em 2020. Caso o governo estadual decida pela retomada, a categoria promete greve “em defesa da vida”. A decisão foi votada em assembleia on-line, no sábado (12), e envolve funcionários de toda a Rede Estadual de Ensino em 209 municípios do Paraná.
Participaram da reunião virtual 2,7 mil profissionais. “A categoria está mobilizada e não aceitará qualquer imposição que coloque em risco a vida, tanto dos estudantes e seus familiares quanto dos profissionais que trabalham nas escolas”, assegura o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.
Na assembleia, também foram deliberadas ações relacionadas às condições de trabalho destes servidores. “Aprovamos um calendário de mobilizações para reforçar nossa resistência, especialmente neste momento complexo em que os governos têm promovido uma política de precarização da Educação Pública e de retirada de direitos da nossa categoria”, diz a secretária de Finanças da entidade sindical, Walkiria Olegário Mazeto.
Inicialmente, a Secretaria Estadual de Educação havia previsto a volta às aulas presenciais para setembro, mas desistiu. Ainda não há calendário para o retorno na Rede Estadual. Em Curitiba, a Prefeitura anunciou que a retomada da Rede Municipal não acontecerá, pelo menos, até 30 de setembro. Já a Rede Particular de Educação da Capital foi autorizada a oferecer atividades presenciais extracurriculares. Nas universidades privadas, as aulas presenciais já voltaram para alguns cursos da área da saúde.
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