A prefeitura de Araucária decidiu punir os servidores do município que aderiram à greve do funcionalismo público. Vai aplicar faltas pelos dias não trabalhados e descontar dos salários dos manifestantes. Antes do início da paralisação, que começou na segunda-feira (7), a prefeitura conseguiu uma liminar na Justiça que considerava a greve ilegal e previa multa de R$ 10 mil ao Sindicato dos Servidores de Araucária (Sifar) por dia em caso de descumprimento. Mesmo assim os trabalhadores pararam, fizeram passeatas e chegaram a acampar no gramado do paço municipal, de onde foram retirados durante uma reintegração de posse obtida pelo município na Justiça. Foram três dias de greve que foi encerrada na quarta-feira (9), após assembleia realizada pelo Sifar. A decisão da suspensão não foi unânime.
O Sifar criticou a decisão da prefeitura. “Mesmo sem a decisão final do processo a prefeitura afirma que vai seguir em frente com os descontos em mais uma tentativa de desmobilizar os servidores da justa reivindicação do reajuste inflacionário”, declarou o sindicato por meio de nota enviada ao Plural.
A categoria reivindica a correção da inflação e no vale alimentação, recomposição salarial de 18% e aumento linear de R$ 500 incorporados aos salários. O Sifar reclama da falta de diálogo com a prefeitura, que teria desmarcado ao menos três mesas de negociação. O Ministério Público do Trabalho (MPT) interveio e vai mediar uma reunião para a próxima semana. Além disso, há outro encontro para negociações entre os sindicalistas e administração previsto para o dia 15 de março.
Todos os serviços de atendimento aos cidadãos já foram normalizados.