Paranaense preso por tráfico na Tailândia segue isolado e sem autorização para falar com a família

Jordi Beffa, de 24 anos, está preso desde o dia 14 de fevereiro, quando foi flagrado com cocaína em uma mala

Jordi Beffa, acusado de tráfico internacional de drogas, ainda não obteve autorização para falar com o pais, moradores de Apucarana, região norte do Estado. Ele deixou a cidade em fevereiro e ao entrar na Tailândia foi flagrado com cocaína. Desde então está incomunicável.

A prisão aconteceu no dia 14 de fevereiro. Ele e outros dois brasileiros saíram do aeroporto internacional Afonso Pena, região de Curitiba e foram presos em Bangkok. Na mala do paranaense estavam 6,5 quilos de drogas.

De acordo com o advogado Petrônio Cardoso, que auxilia a família, a expectativa é que as autoridades tailandesas façam contato nesta segunda-feira (28) para tratar sobre a conversa entre o acusado e a família no Brasil.

Cardoso explicou ao Plural que Beffa precisará obrigatoriamente ser representado por um advogado tailandês. A família consultou escritórios locais e somente o levantamento da situação processual do brasileiro deve custar cerca de R$ 15 mil. Como os pais não têm este valor, um defensor público será direcionado para o caso.

O único contato com brasileiro que Beffa manteve foi no dia da prisão, quando um representante da embaixada falou pessoalmente com ele. Depois disso foi mantido em uma quarentena por conta das medidas de segurança sanitária contar a Covid-19 e havia expectativa de ocorrer uma chamada de vídeo com os pais depois deste período, o que não aconteceu.

Outras viagens

Internautas resgataram fotos de Beffa nas quais ele supostamente aparece na Tailândia, contrariando a primeira versão da família que disse que o jovem nunca havia saído do Brasil.

Antes da prisão na Tailândia, o rapaz pediu demissão do emprego e disse que passaria um tempo em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. “Surgiu esta foto nesse lugar que parece ser uma praia, mas os pais não têm conhecimento desta viagem, então não dá para afirmar que ele já havia estado lá mesmo”, disse o advogado.

Pena de morte

A Tailândia tem um rígido protocolo antidrogas e a apreensão dos familiares dos brasileiros é de que seja aplicada a pena de morte, prevista para casos como estes.

Apesar disso, Cardoso acredita que esta possibilidade esteja descartada. Entre outros fatores, ele aponta a quantidade de entorpecentes e a ausência de histórico criminal como atenuantes da situação de Beffa.

No entanto, apenas quando for constituído o defensor público, a família no Brasil terá acesso aos pormenores da acusação.

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