Com o “lockdown de fim de semana”, já decretado pelo governador Ratinho Jr (PSD) no dia 10 de março, o Paraná seguirá, até 1º de abril, com atividades e serviços não essenciais abertos durante a semana. O anúncio vem no dia em que o Estado bate o recorde de mortes e casos de coronavírus, desde o inicio da pandemia, há um ano. São 5.790 novos casos e 310 mortes pela Covid-19 em um único dia. No Brasil, também houve recorde: 2.841 mortos pela doença apenas hoje.
A decisão de Ratinho vai de encontro com a da Capital do Estado, que decretou Bandeira Vermelha na última sexta-feira (12). As Redes de Saúde Pública e Privada de Curitiba já estão sem leitos há dias, com superlotação e suspensão dos Pronto Atendimentos (PA). A situação não é diferente em várias regiões do Estado, onde o déficit de vagas é de 1,6 mil. A fila de pessoas aguardando leitos em hospitais do Paraná passa de 1,3 mil.
Ao reconhecer que é necessário evitar deslocamentos para conter a nova variante do coronavírus, que é “avassaladora”, Ratinho fala que há um “um esforço coletivo muito grande no Paraná” e que conta com “o bom senso de toda a população para seguir as restrições impostas pelo Decreto, como o toque de recolher e o isolamento social mais intenso aos fins de semana”.
Segundo ele, “ainda não é momento de manter uma rotina normal”, mas “dessa maneira, juntos, podemos conter a contaminação de mais pessoas pelo vírus e reduzir o impacto causado por casos graves no nosso sistema hospitalar”.
As medidas de contenção que o Governo espera que contenham as mortes e o avanço assustador da Covid-19no Paraná são:
*Restrição na circulação de pessoas (com exceção de profissionais de atividades essenciais) entre 20h e 5h, todos os dias;
*Proibição da venda de bebidas alcoólicas entre 20h e 5h, todos os dias;
*Suspensão de atividades não essenciais nos sábados e domingos, com redução de horários de funcionamento e ocupação – como em shoppings, academias e comércios de rua, que seguem abertos de segunda a sexta, das 10h às 17h;
*Proibição de festas, eventos, shows, teatros, cinemas e museus. Feiras, congressos, bares e casas noturnas permanecem fechados;
*Proibição de aglomerações de qualquer tipo, como encontros familiares ou corporativos;
*Suspensão de aulas presenciais na Rede Estadual;
*Igrejas podem funcionar com até 15% de ocupação máxima.