ONG pede medidas que protejam pessoas em situação de rua contra o coronavírus

Movimento repudia falta de medidas de governos para proteger moradores de rua

Neste sábado (21), o Movimento Nacional da População de Rua publicou uma carta aberta, assinada em conjunto com outras 48 organizações, reivindicando proteção e segurança às pessoas em situação de rua em meio à epidemia do novo coronavírus no Paraná.

O documento repudia o que classifica como silêncio da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Paraná, que até o momento não anunciaram pacotes de medidas que contemplem esses indivíduos. “É um público cuja imunidade é sabidamente frágil em virtude das particularidades de seu viver e das condições a que são expostos diariamente, detendo precário acesso às mínimas condições de higiene, saúde e proteção”, destaca a carta.

O texto chama a atenção para os “Centros Pop superlotados e fechados” e diz que muitos desses espaços estão propícios à “proliferação de doenças virais e bacterianas, pela proximidade dos leitos e pela sua disponibilização de forma rotativa e sem a higienização adequada”.

Outro problema levantado é que, devido às recomendações das diversas instituições nacionais e internacionais para conter a pandemia, essas pessoas estão sem acesso a doações de diversas organizações filantrópicas. “Somado ao fechamento do comércio e a falta de moradia permanente, significa dizer que estão absolutamente privadas de água potável, alimentação e condições sanitárias de se proteger da doença”, alerta o Movimento.

Entre as medidas sugeridas na carta estão:

  • A disponibilização de álcool em gel 70%, sabão, máscaras faciais de proteção descartáveis e informativos sobre o Covid-19 nos locais de atendimento a essa faixa da população (Centros Pop, Casas de Passagem, Hotéis Sociais), além de itens necessários para a proteção dos profissionais que trabalham nesses lugares (EPIs).
  • A identificação de imóveis públicos ou privados ociosos que apresentem infraestrutura adequada à higienização ou possam ser utilizados como moradia temporária, em caráter urgente e imediato.
  • A viabilização de pontos de acesso à água potável em praças e logradouros públicos e o acesso gratuito a banheiros públicos e implantação de novos pontos de higienização pessoal.
  • O acompanhamento médico de idosos em situação de rua, bem como a estruturação de espaços de acolhimento físico dessas pessoas, infectadas ou não.
  • O fornecimento de alimentação adequada ao fortalecimento imunológico.

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