Movimentos sociais organizam protesto em Curitiba contra despejos durante a pandemia

Durante o ato, o vereador Renato Freitas (PT) deve entregar sua defesa sobre o caso da entrada na Igreja do Rosário

Integrantes de movimentos sociais programaram um ato, nesta quinta-feira (17), contra despejos realizados em todo Brasil. Em Curitiba, a concentração será às 13 horas na praça Eufrásio Correia, em frente à Câmara Municipal.

O ato foi chamado pela campanha Despejo Zero e ocorre porque a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que impede o despejo de famílias durante a pandemia de Covid-19, perde a validade no dia 31 de março.

De acordo com a liderança da campanha, sem as regras jurídicas 132.290 famílias correm risco de perder o teto, o que significa cerca de meio milhão de pessoas nas ruas.

A Despejo Zero também sistematizou dados de todo Brasil desde março de 2020. Houve aumento de 333% no número de famílias despejadas nos últimos dois anos, sendo 6.373 famílias entre março e agosto de 2020 e 27.618 famílias até fevereiro de 2022. Segundo o levantamento, até o mês passado foram despejadas 1.706 famílias no Paraná.

Na capital, os manifestantes pretendem seguir em passeata até o Centro Cívico pedindo a prorrogação da medida.

Igreja do Rosário

Antes da passeata, o vereador Renato Freitas (PT), que participa do movimento, irá entregar sua defesa no caso da entrada na Igreja do Rosário, ocorrido em 5 de fevereiro.

O parlamentar participava de um protesto antirracista no Largo da Ordem e junto com outros manifestantes entrou no templo. A Arquidiocese de Curitiba emitiu uma nota criticando a ação e disse que eles foram “invasivos, desrespeitosos e grotescos”.

Freitas é alvo de cinco denúncias na Câmara motivadas pelo ato e embora o mandato tente articular uma saída, o risco de cassação é grande.

Com informações da campanha Despejo Zero.

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2 comentários em “Movimentos sociais organizam protesto em Curitiba contra despejos durante a pandemia”

  1. A atual composição da Câmara do Vereadores de Curitiba causa-me profundo asco. Excetuando-se a bancada do PT, com Carol, Renato e Professora Josete e mais alguns poucos vereadores progressistas, a casa, em sua contundente maioria, reflete boa parte dos preconceitos de raça, gênero, classe social e ideológico enraizados no imaginário conservador e tacanho de parte considerável da sociedade curitibana.

  2. Parabéns pela matéria, Aline!! E meus cumprimentos aos coordenadores desse movimento! Poucos são os proprietários de casas alugadas que dependem desse dinheiro para sobreviver. Se têm outra fonte de renda, poderiam deixar de receber os aluguéis das pessoas ddesempregadas! É uma questão de compaixão! Temos duas casas nessa situação, desde o início da crise.

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