Movimento Popular por Moradia repudia acusação de ataque à Prefeitura de Campo Magro

Prefeito acusou, sem provas e sem investigação, moradores da ocupação Nova Esperança de terem ateado fogo a veículos da prefeitura

Dois homens incendiaram 13 veículos da prefeitura de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação aconteceu na madrugada desta quinta-feira (2). Segundo informações da prefeitura, os homens renderam os vigias do pátio da Secretaria Municipal de Obras e, na sequência, s atearam fogo ao veículos. O município estima que o prejuízo seja de R$ 7 milhões. Antes de qualquer investigação sobre o caso e sem apresentar provas, o prefeito da cidade, Cláudio Casagrande (PSD), disse acreditar que o ataque tenha sido em retaliação a uma operação da Polícia Militar que terminou com um homem morto e uma mulher grávida ferida.

A operação citada pelo prefeito como motivador do ataque aconteceu na ocupação Nova Esperança, que reúne cerca de 1.200 famílias no terreno da antiga Fazenda Solidariedade, área que fica a 700 metros da prefeitura de Campo Magro. O Movimento Popular por Moradia repudiou a apressada acusação feita pelo prefeito.

O Movimento popular Por Moradia, em nome dos moradores da Ocupação Nova Esperança, REPUDIA a declaração irresponsável prestada pelo Sr. Prefeito Cláudio Casagrande a mídia televisiva RPC (Rede Paranaense de Comunicação) e Rede Bandeirantes, na qual aduz, sem dispor de qualquer prova ou evidencia, que o incêndio criminoso ocorrido no pátio de obras da Prefeitura de Campo Magro na data de hoje teria sido cometido pelos moradores da Ocupação Nova Esperança em retaliação a morte de Igor Cristiano da Silva. Assim, cumpre-nos informar que não há qualquer participação ou envolvimento do Movimento Popular Por Moradia, tampouco dos moradores da Ocupação Nova Esperança, bem como os fatos serão apurados pelos órgãos de investigação e certamente a responsabilização penal dos criminosos”, diz a nota, que ainda exige uma retratação pública por parte do prefeito.

O movimento diz ainda que as investigações contra o suspeito que foi morto “não justificam a conduta opressora, violenta e criminosa da Polícia Militar do Paraná face aos moradores da Ocupação Nova Esperança”.


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