Morador de Apucarana preso na Tailândia por tráfico de drogas será julgado na terça-feira (17)

Os outros dois brasileiros detidos na ocasião foram condenados a 9 anos e meio de prisão

O julgamento do paranaense Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, preso há três meses na Tailândia sob acusação de tráfico de drogas, deve acontecer na próxima terça-feira (17). Os outros dois brasileiros detidos com ele, Mary Hellen Coelho e Ricardo de Almeida da Rosa foram condenados a 9 anos e meio cada.

Os três foram presos em fevereiro, em Bangkok, com 15,5 quilos de cocaína. No Brasil, eles embarcaram no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

O jovem pediu demissão e terminou com a namorada dias antes de partir de Apucarana. Aos pais, ele disse que iria para Santa Catarina. O casal só ficou sabendo que o filho estava na Tailândia depois que Beffa foi preso.

Há poucos dias, o acusado pôde fazer uma chamada de vídeo para a família. De acordo com o advogado dele, Petrônio Cardoso, Beffa pediu perdão. “Não acompanhamos a conversa para deixar que esse momento fosse mais intimista. Mas pediu perdão e também falou para que enviassem uma bíblia para ele”, disse.

Aliciamento

Na última semana, uma mulher foi presa pela Polícia Federal (PF), em Curitiba, acusada de ser a aliciadora dos três jovens presos.

As investigações, que se iniciaram logo após a prisão dos brasileiros, apontaram que os dois homens já haviam viajado para o exterior, antes do período da pandemia de Covid-19, em situações que denotam que estariam transportando drogas, conforme informou a PF.

Expectativa

A condenação dos outros envolvidos a 9 anos e meio afastou a possibilidade de uma pena mais severa contra Beffa, embora a Tailândia tenha leis duras contra o tráfico de drogas, incluindo prisão perpétua.

“Esperamos que a pena dele seja de 9 anos e meio ou menos, baseados a quantidade de drogas que estavam com ele. Mas só depois do julgamento poderemos tomar as próximas providências”, explicou Cardoso.

Há possibilidade de que os envolvidos voltem ao Brasil, mas isso depende de acordo jurídicos e cumprimento de, no mínimo, 50% das penas. Outra esperança é o perdão real, concedido a alguns presos no aniversário do rei Maha Vajiralongkorn, 28 de julho.

Em nota enviada ao Plural, o Itamaraty disse que a embaixada em Bangkok “continua a acompanhar a situação, prestando aos nacionais toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.

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