Ministro da Saúde diz que exército entregará anestésico emergencialmente

Hospitais do Paraná só têm medicamentos para entubar pacientes de Covid por mais quatro dias

O ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, afirmou nesta quinta-feira (23) em Curitiba que por enquanto a saída para a falta de anestésicos para entubar pacientes com Covid será a entrega emergencial. O governo federal pretende usar seu estoque de emergência e levar doses aos estados que estiverem com maior necessidade. O transporte poderá ser feito pelas Forças Armadas.

Um dia antes, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, havia afirmado que o Paraná está chegando a uma situação de calamidade pública em função da falta do medicamento. Com as UTIs praticamente lotadas, os anestésicos está sendo usados mais rapidamente. E a produção não está dando conta de atender à demanda crescente em todo o mundo, em função da pandemia.

Pazzuelo afirmou que não haverá falta de medicamento. Pediu que municípios que estejam em situação melhor ajudem os demais, e que o mesmo seja feito entre os hospitais, com doses que estejam sobrando em um lugar sendo transferidas para outro. Mas garantiu que, se for o caso, em questão de horas, no máximo um dia, a entrega será feita.

Beto Preto disse que o Paraná teria anestésicos para mais quatro dias. A licitação aberta pelo Ministério da Saúde, vista como uma solução mais duradoura, ainda deve demorar um bom tempo para ser concluída. Enquanto isso, Pazzuelo disse que estão sendo encontradas soluções emergenciais, como uma compra no Uruguai.

Sobre o Paraná, o ministro disse que é previsível que a curva de casos de Covid tenha alta agora, durante oi inverno., Mas afirmou que cabe às autoridades evitar que a curva de mortes siga o mesmo padrão. Para isso, segundo ele, é preciso atender os pacientes rapidamente, antes que eles precisem ir para uma UTI.

O ministro esteve no Paraná para uma reunião com o governador Ratinho Jr. (PSD), que também pediu a habilitação de leitos de UTI. Segundo Pazzuelo, isso não será um problema, já que o ministério tem recursos para isso e considera importante que haja leitos à disposição.

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2 comentários em “Ministro da Saúde diz que exército entregará anestésico emergencialmente”

  1. O general-paraquedista-intendente e eternamente interino está sendo fiel sua formação: literalmente “caiu de paraquedas” no meio de uma confusão em um campo de batalha que ele desconhece. Não tem a menor necessidade de o exército “entregar” medicamentos. O Paraná tem infraestrutura suficiente e altamente capacitada para isso há décadas através do Paraná Medicamentos. O que se faz necessário é ter um mínimo de capacidade operacional para gastar o dinheiro existente (o ministério conseguiu gastar só 30% do que deveria ter gasto até agora) e utilizar o poder de compra do ministério da saúde para conseguir adquirir os medicamentos no mercado internacional. Mas isso com certeza escapa da visão obtusa do general.

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