Desde o início da vacinação de crianças contra a Covid-19 em Curitiba, muitas dúvidas surgiram na população. Qual é o tempo de intervalo entre as doses? Crianças contaminadas com o vírus podem receber o imunizante? É possível receber a vacina contra a Covid simultaneamente a outras?
Por isso, o Plural compilou alguns questionamentos sobre o período da vacinação infantil que podem estar despontando em pais, mães e responsáveis, e foi atrás das respostas com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba. Confira!
Qual o intervalo entre a 1ª e a 2ª dose para as crianças?
A vacina pediátrica da Pfizer será administrada em duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O imunizante para as crianças tem especificidades como dosagem, composição, prazo de armazenagem, manejos para diluição e com orientação de insumos (seringas e agulhas) diferentes em relação à vacina para pessoas com mais de 12 anos.
Para os maiores de 12 anos, a dose é de 0,3 ml, enquanto para os menores a dosagem é de 0,2 ml. Enquanto para os mais velhos o imunizante pode ficar na geladeira entre 2º C a 8º C durante apenas um mês, para os pequenos são permitidas até dez semanas. Além disso, o frasco da vacina das crianças comporta 10 doses, mais do que a versão para maiores de 12 anos, que comporta seis doses.
Se a criança estiver com suspeita ou testar positivo para covid, como proceder?
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), para vacinar crianças de 5 a 11 anos (tanto primeira como segunda dose) que tiveram Covid-19 é necessário aguardar um período mínimo de 30 dias após o início dos sintomas ou da testagem positiva para o vírus (teste antígeno ou PCR detectável).
A criança pode receber a dose juntamente a outras vacinas?
De acordo com a SMS, a vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 não deve ser administrada simultaneamente com outras vacinas. Por esse motivo, a criança deverá esperar um período de 15 dias entre o recebimento dos imunizantes.
Se a criança estiver fazendo uso de antibiótico, como proceder?
Toda pessoa que está em uso de medicamentos antibióticos é porque está com alguma doença aguda. Neste caso, a secretaria orienta que a pessoa deve aguardar a resolução do quadro antes de receber a vacina contra o Sars-COV-2.
Essa recomendação também é válida para as crianças que estão em vigência de tratamento para alguma infecção no momento de tomar a vacina pediátrica da Pfizer. Em caso de dúvida sobre interação da vacina com uso de outros medicamentos, o fabricante recomenda (em sua bula) informar o médico que acompanha a criança.
Se a criança perdeu a data de vacinação, o que fazer?
Assim como na vacinação das pessoas com 12 anos ou mais em Curitiba, caso a criança não possa comparecer na data em que foi convocada, poderá procurar pelo imunizante nas repescagens, conforme disponibilidade de doses, em uma das 10 Unidades de Saúde exclusivas para atendimento do público infantil, seguindo recomendação do Ministério da Saúde.
As crianças precisarão de uma terceira dose?
O esquema vacinal para crianças de 5 a 11 anos é de duas doses da vacina pediátrica da Pfizer, sem recomendação, até o momento, pelo Ministério da Saúde de doses adicionais.
No dia da aplicação, é preciso levar a carteira de vacinação da criança?
A carteira de vacinação da criança não precisa ser apresentada no dia do recebimento da dose contra a Covid-19. O registro é feito diretamente no sistema eletrônico da SMS, o e-saúde e atualizado na carteira vacinal que pode ser consultada no Aplicativo Saúde Já Curitiba, na aba “Carteira de Vacinação” e, em seguida, escolhendo a opção “Imprimir Carteira de Vacina”.
Vacinação em Curitiba
Até esta quarta-feira (19), Curitiba vacinou 1.585.440 pessoas com a primeira dose ou a dose única (Janssen), o que corresponde a 81,3% de toda a população da cidade. Em relação à população imunizada (com duas doses ou dose única), a cobertura chega a 76,6%.
Segundo dados da SMS, no total, a capital aplicou 3.555.631 unidades do imunizante, sendo 1.547.098 primeiras doses e 1.454.201 segundas doses; 38.342 doses únicas; 514.060 doses de reforço (3ª dose) e 1.930 doses de segundo reforço (4ª dose, para pessoas imunossuprimidas).
Ao todo, Curitiba recebeu 3.881.107 doses de vacinas, sendo 1.678.212 para primeira dose (dessas, 20.270 são pediátricas), 1.584.345 para segunda dose, 38.290 doses de aplicação única e 580.260 doses de reforço. Nesse montante já estão contabilizados os 5% de reserva técnica.
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