Chamado de padrão ouro no diagnóstico de Covid-19, o exame molecular para a doença (RT-PCR) tem o maior índice de eficácia em detectar o vírus. Como nenhum teste tem 100% de sensibilidade (capacidade de identificar todos os casos positivos da doença) ou está imune a fatores externos, um resultado negativo pode ser sim um falso negativo. Mas quando?
Uma ferramenta criada por pesquisador da Universidade de Maryland (EUA) permite que você calcule as chances de ter um falso positivo ou falso negativo num exame para Covid-19. A ferramenta é bastante simples e pode usar dados reais de estados americanos ou inserir manualmente o índice de positivos da sua região.
No caso de Curitiba, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o índice de positivos em testes Covid-19 RT-PCR está em 38% (ou seja, 38 a cada 100 pessoas que fizeram o exame tiveram resultado positivo). O usuário também pode informar quais sintomas apresenta e sua exposição a risco (se usou transporte coletivo, se conviveu com pessoa doente etc).
Em relação à situação da capital, a calculadora concluiu que para 100 exames RT-PCR, 34 pessoas são identificadas corretamente como positivas para a doença e 61 têm resultado negativo real. Uma pessoa poderá receber resultado falso positivo. E outras quatro são falsos negativos. Esta análise, claro, é uma estimativa com base na especificidade e sensibilidade do exame.
A calculadora foi criada pela equipe do médico especialista em doenças infecciosas, Dan Morgan e pode ser usada para analisar resultados de testes para outras doenças e outros tipos de exames.
A orientação para quem suspeita de um falso resultado negativo é procurar novamente o serviço médico e manter o isolamento. Também é importante observar os períodos mais adequados para usar cada tipo de teste. O exame RT-PCR deve ser feito entre o 3.º e o 7.º após o início dos sintomas, já o exame sorológico tem maior eficiência quando feito após o 8.º de início dos sintomas.
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