Nas últimas 24 horas, de acordo com números da Secretaria Municipal de Saúde, Curitiba teve 17 mortes e 662 casos confirmados de Covid-19.
Com os dados divulgados nesta quarta-feira (22), a média móvel dos últimos sete dias é de 488 casos confirmados e 15 mortes. Isso significa que, ao longo dos últimos sete dias (entre 16 e 22 de julho), o coronavírus infectou 488 pessoas e matou 15 – por dia.
E a tendência, ao menos nas últimas três semanas, é de aumento. A média móvel da semana entre 2 e 8 de julho é de 402 casos e 9 mortes por dia; e entre 9 e 15 de julho, de 423 casos (um aumento de 5%) e 11 mortes (aumento de 22%).
Ainda em porcentuais, as médias dos últimos sete dias indicam um aumento de 15% no número de casos confirmados (foi de 423 para 488) e de 36% no número de mortes (de 11 para 15).
Média móvel
As estatísticas divulgadas pelas secretarias de saúde do país inteiro oscilam por razões que nem sempre têm a ver com a pandemia – os números diminuem nos fins de semana, por exemplo, porque os laboratórios fecham, o que gera um acúmulo de casos nos dias seguintes.
Assim você tem um dia com 695 casos confirmados (uma segunda-feira, dia 6 de julho) e, no seguinte, esse número cai para 236.
Por isso jornais como a “Folha de S.Paulo” e o “G1” passaram a calcular uma “média móvel”. Trata-se da soma dos dados relatados na última semana, dividida por sete (dias), a fim de comparar com as médias das duas semanas anteriores. É uma forma de perceber se há alguma tendência de alta ou de baixa nos números relacionados à Covid-19.
Em Curitiba, a tendência é de alta.
404 mortes
Desde que a pandemia desembarcou em Curitiba, no início de março, o coronavírus matou 404 pessoas e contaminou 15.064. O número real de mortos e infectados, no entanto, é muito maior e só pode ser estimado – porque o número de testes disponíveis é baixo e só uma parcela relativamente pequena dos doentes chega a procurar o hospital (ou a fazer um exame por conta própria em farmácias ou laboratórios).
O Paraná não cumpre nenhum dos critérios da OMS para flexibilização da quarentena. Não testa, não acompanha os casos, não controla a chegada de potenciais casos novos, as curvas de casos e de óbitos estão ascendentes, a taxa de transmissão está elevada, a ocupação de leitos está crítica nas principais cidades. Mesmo assim Paraná e Curitiba afrouxaram o isolamento SEM NENHUMA BASE TÉCNICA.