Maracujá congelado? IML aponta que mulher foi ferida pela queda

Laudo atribui o corte na cabeça de Eva Teresinha do Santos a “ação contundente”

O Plural teve acesso ao laudo pericial de Eva Teresinha do Santos, a senhora que se machucou durante a Marcha da Família em Curitiba, na semana passada. O documento, assinado pelo médico legista Paulino Pastre, aponta que a aposentada foi atendida no Instituto Médico Legal (IML) às 11h20 do dia 19 de abril com um ferimento produzido por “ação contundente”, ou seja, a própria queda, como o Plural já havia apurado.

“O laudo sugere que se trata de lesão por queda: ação contundente. E não por instrumento contundente: pedra ou maracujá”, avalia um médico legista ouvido pela reportagem e que preferiu não se identificar.

No documento, Pastre menciona que Eva disse que foi “agredida por desconhecidos na rua” por volta das 16h30 do dia 11 de abril. Em entrevista ao Plural, ela afirmou não saber o que tinha acontecido. Quanto ao ferimento, o legista detalha: “Ferida irregular, recoberta por crosta hemática seca, medindo 3,0 cm na sua maior extensão, situada na região occipital (com três pontos)”. 

Defesa 

A psicóloga Daniela Ribeiro Matheus, que foi presa por “tentativa de homicídio” após os manifestantes falarem à polícia que ela jogou frutas na cabeça de Eva, está solta. “Ela está em liberdade desde a segunda-feira subsequente aos fatos, após o pagamento de fiança”, atualiza a advogada Juliana Bertholdi.

O Plural também questionou os advogados de defesa sobre o conteúdo do laudo. “A defesa técnica de Daniela ainda não tomou conhecimento do conteúdo do laudo, eis que não foi anexado ao processo até o presente momento. No entanto, é de se anotar que a localização do único ferimento identificado, na região occipital, reforça a narrativa de que este seria oriundo da queda. Por orientação técnica da defesa, a Daniela não comenta os fatos, que estão sendo discutidos nos autos”, foi a resposta.

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