Macumba em Curitiba: raízes históricas das religiões de matriz africana

Desde que os terreiros são terreiros, eles sofrem com o racismo religioso. Conheça essa história

“Todas as religiões de matriz africana, cada uma a seu modo, cada uma com sua cosmologia, são religiões de resistência, porque se forjaram num contexto de perseguição e invisibilidade”, constrói o pesquisador Thiago Hoshino. Para a composição da série “Axé e resistência”, o Plural consultou, ao longo de três meses, dezenas de fontes e documentos a fim de compreender a complexidade do racismo religioso enfrentado pelos terreiros de umbanda e candomblé em Curitiba e Região Metropolitana. Após esse mergulho, ficou evidente que o problema é resultado de um processo histórico, e que essa história precisa ser contada.

Apagão de documentos históricos

Os primeiros relatos de ritos que remetem à religiosidade negra em Curitiba datam do século 18. O projeto Lugares de Axé, coordenado pela pesquisadora Patrícia Martins, professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR), identificou uma denúncia feita ao Santo Ofício da Inquisição no dia 31 de março de 1780. A queixa é do capitão-mor da Vila de Curitiba, Lourenço Ribeiro de Andrade, que acusa Manuel Preto, escravo do Vigário da cidade, de fazer “coisas sobrenaturais”.

O documento evidencia o quanto a elite usufruía dos dons de Manuel, pedindo a ele que curasse os enfermos das famílias abastadas, mas não estava disposta a defendê-lo. “Foi o caso do comerciante Manuel Torres Vaz, que interrogado durante o processo declarou que durante a cura de uma filha sua presenciou o curandeiro ‘deitar em hum Pratto de Agoa humas fructas qué pareciam carossos de azeitona’, com as quais interpretava se o doente sararia se ‘os fructos indios’ flutuassem na água ou morreria se os mesmos ‘focem ao fundo’”, detalha o relatório do projeto.

Ele não foi o único a praticar o que se chamava de “feitiçaria” por aqui. “A umbanda tem esse marco do Zélio de Morais, no Rio de Janeiro, mas antes já existia gente trabalhando com caboclos e encantados em Curitiba”, assegura Hoshino, que atua como pesquisador e professor na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e integra o Fórum Paranaense de Religiões de Matriz Africana (FPRMA) e a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RENAFRO). Ele encontrou denúncias dos atendimentos com entidades e jogos de búzios em jornais dos séculos 18 e 19, respectivamente, mas não acredita que as práticas tenham realmente começado aí.

“A Irmandade do Rosário e São Benedito, que tem sua igreja construída na primeira metade de 1700, no Largo da Ordem, provavelmente tinha relação – como as outras irmandades negras em todo o Brasil tinham – com os cultos de matriz africana”, cita o pesquisador. “Seja porque os santos católicos eram festejados com danças, toques e nas línguas das populações negras, seja porque escondiam da igreja outros ritos que não podiam contar. A gente buscou, mas nunca encontrou o acervo da Irmandade. Não sabemos onde esses documentos foram parar.”

Imagem: Jornal Gazeta do Povo, 1° de outubro de 1927

Hoshino tem convicção de que “desde quando chegaram os primeiros africanos em Curitiba essas práticas existem”. Ou seja: desde o século 16. “Obviamente elas eram coibidas durante o regime escravista, mas também perto do início da República, quando a construção de uma nação que pudesse ser apresentada como possível se tornou uma questão para as elites brasileiras”. Por “nação possível” entenda-se “nação branca”, o que explica as políticas de imigração para europeus que foram abraçadas pelo município.

A própria Prefeitura de Curitiba conta essa história aos cidadãos: com a “emancipação política do Paraná”, em 1854, e o “incentivo governamental à colonização”, na segunda metade do século 19, Curitiba foi “transformada pela intensa imigração de europeus”. Em outras palavras, o status de “capital europeia” – discurso endossado até hoje pelo prefeito Rafael Greca (DEM) – é resultado de políticas eugenistas. “Sempre houve uma tentativa de apagamento dos afrodescendentes e indígenas pelo viés da presença europeia. Logo, não era interessante para esse Sul-maravilha ter a imagem acionada a partir dessas práticas e religiosidades”, pontua Martins.

“Todo esse processo culmina no código criminal de 1890, que trazia tipos penais específicos para punir curandeirismo e feitiçaria”, aponta Hoshino. “Bizarramente, o crime de curandeirismo continua no código criminal brasileiro. É o artigo 284”. O código de postura de 1829 também fornece uma pista da presença das religiosidades negras: os “batuques e fandangos” foram proibidos na cidade. 

Assim como o colega, Martins se deparou com a falta de registros formais ao longo de sua pesquisa. “Essa questão histórica é bem complexa, porque a gente sabe que houve uma espécie de negação a essas práticas. Isso é percebido em todo o território brasileiro”, avalia. Ela classifica a repatriação das 532 peças de terreiros ocorrida no Rio de Janeiro, no fim do ano passado, como sintomática. “São objetos apreendidos pela polícia que estavam expostos no Museu da República pelo menos desde meados do século 20. Por aí a gente vê como eram tratadas essas crenças – sempre teve o elemento da perseguição. Por isso é difícil conseguir dados oficiais de fontes históricas.”

Primeiros terreiros

Uma das evidências mais antigas da presença de uma casa de religião de matriz africana ou afroindígena estruturada em Curitiba consta na edição de 12 de abril de 1929 do jornal Diário da Tarde. Ao longo da crônica intitulada “Enquanto Curityba Dorme… As macumbas das Sextas Feiras”, o autor não identificado narra suas andanças por ruelas afastadas da cidade, onde encontra uma “casinhola iluminada” com “uma sala estensa de aterro” cheia de “negros que resavam” e faziam menção a Xangô. Ao centro, um preto velho entoava a cantiga que mais parece um ponto: 

“Venham todos senhores mestres, 

venham me amparar

que eu sou mestre de Jurema

eh Juremá.” 

Não se sabe se a narrativa é real ou fictícia, mas uma coisa é certa: ela indica que elementos tradicionais das religiões de matriz africana já faziam parte do imaginário popular. 

Imagem: acervo de Thiago Hoshino/Lugares de Axé

A primeira casa umbandista de Curitiba a buscar reconhecimento foi o Templo Espiritualista Sol do Oriente, que se filiou à União Brasileira de Umbanda na década de 40. Criado em 1942 por Eugenia Lopes de Oliveira e Amélia Guiraud, ele estava ligado à loja maçônica da qual seus maridos faziam parte, e por isso havia uma “amenização” na perseguição religiosa.

Já os primeiros terreiros de umbanda e candomblé vieram em seguida, nos anos 50, quando líderes religiosos da umbanda foram iniciados no candomblé em outros estados. Entre as décadas de 60 e 70, os espaços dedicados à prática do candomblé cresceram exponencialmente a partir de redes que conectam o Paraná a estados como Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Curitiba e Região Metropolitana, foram assentadas casas de diferentes nações: efon, ketu, jêje, angola…

Durante a pesquisa para o projeto Lugares de Axé, Martins notou uma fronteira bastante difusa entre as religiões. “Os próprios religiosos circulavam entre as casas, embora haja muitas diferenças. Para começar, a cerimônia da umbanda é em português e a do candomblé é em iorubá”, fala. “Além disso, é inegável que a umbanda é um lugar de maior embranquecimento das religiões de matriz africana, e por isso tem uma ‘passabilidade’ maior. É claro que existem pessoas brancas nos terreiros, mas a questão está na raiz. O candomblé já nasceu com esse coeficiente africano.”

Ainda que existissem assimetrias, ambas eram alvos do racismo religioso, e o preconceito ficava evidente até mesmo na espacialização dos terreiros. “Desde a chegada desses pais e mães de santo até a construção das casas houve um processo de exclusão no sentido de estarem localizadas em lugares de pouco acesso, em bairros mais periféricos, com bastante presença na Região Metropolitana. Eles ficaram invisibilizados”, diz a pesquisadora. 

“Quando eles conseguiram se colocar nos bairros, passaram a ser perseguidos e a ter problemas com a própria vizinhança, que utilizava do ‘barulho’ como artifício para fazer reclamações, o que persiste até hoje, assim como os problemas com licenças e batidas policiais”, descreve Martins.

Hoshino infere que esse processo resultou em um movimento de invisibilidade estratégica como mecanismo de autoproteção. “Até hoje é muito difícil convencer as lideranças de que é importante preencher os formulários e passar seus dados para o Estado, porque existe uma lembrança muito recente de ameaça. Até a década de 70, todo mundo tinha que se registrar na delegacia para fazer o toque. Os terreiros eram os únicos templos que continuavam sendo registrados na delegacia.”

O Ile Alaketu Ijoba Ase Osun Ogun, que completou 44 anos no dia 6 de outubro, conserva a memória dessa época, sobretudo a partir da tradição oral transmitida para os mais jovens pelo babalorixá Sadi T’Osun. “O meu pai, que é o líder do terreiro, enfrentou muitas barreiras. Na década de 70, ele teve de se apresentar na Delegacia de Costumes para comprovar que estava exercendo seu direito à fé e cumprindo sua missão de ajudar as pessoas, sem fazer mal a elas ou praticar qualquer coisa errada”, compartilha o baba Flávio Maciel, apontado na linha de sucessão da casa.

O Lugares de Axé fez um esforço para chegar a seis terreiros matriciais de candomblé em Curitiba e Região Metropolitana. O primeiro da lista é o Ilé Alaketú Ijobá Bayó Asé Nãnã, fundado em 1965 no bairro Boqueirão, pela ya Romilda ty Nãnã, que transitava entre a umbanda e o candomblé. O segundo é o Ile Asé Oya Semin, cujas portas foram abertas pelo babalorixá Veco de Oya, no Boa Vista. Ele também foi iniciado na umbanda e depois fez o santo no candomblé. Hoje, o espaço fica em Colombo. O terceiro é o Ilé Asé́ Igbá Afauman, inaugurado em 1972 no Parolin pelo pai Kafú Milodé. Nascido no Rio de Janeiro, ele vinha de uma família de candomblecistas e já chegou iniciado à capital paranaense. Atualmente, os trabalhos seguem no Boqueirão.

Foto: acervo de Ilé Alaketú Ijobá Bayó Asé Nãnã/Lugares de Axé

A quarta casa citada pela pesquisa é o Ilê Asé Egunoia, de Arilda Ribas e Manoel Muzzillo, que começaram os atendimentos espirituais no centro da cidade. O barracão inaugural do casal foi aberto no Bacacheri. Depois, o assentamento foi transferido para o Bairro Alto, onde permanece. Ambos foram iniciados na umbanda e fizeram o santo no candomblé em meados de 1970. O quinto terreiro inventariado é o Ile Asé Oiá Egunitá, inaugurado no dia 30 de julho de 1973, no Xaxim, tendo como líder espiritual o Pai Antonio de Oyá, um babalorixá vindo do jarê da Bahia. 

Ile Asé Oiá Egunitá
Pai Alexandre de Oxóssi, manifestado no orixá no dia do nome, em 23 de janeiro de 1982. Foto: acervo de Ile Asé Oiá Egunitá/Lugares de Axé

O último a figurar no trabalho é o Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran, de Odé Otaioci. Iniciado em São Paulo, o pai de santo desembarcou em Curitiba em 1974 e abriu uma casa de candomblé em São José dos Pinhais – os frequentadores dizem que foi a terceira inaugurada na cidade. Hoje, sua descendência ultrapassa as 1.500 pessoas. São quatro gerações: filhos, netos e bisnetos de santo. Sete anos após sua morte, ocorrida em 2000, Iyá Tutty assumiu os trabalhos, agora em Colombo. 

Ya Dilu, baba Zenildo e Odé Otaioci, 1970. Foto: acervo de Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran

Irokos da Tiradentes

“A fundação do primeiro afoxé da cidade, nos anos 1970, quando os terreiros se juntaram para sair na rua, foi um marco muito grande. Eles se uniram para mostrar que tinha orixá em Curitiba”, resgata Hoshino. “Para proteger quem estivesse com o afoxé, os pais de santo consagraram as gameleiras da Praça Tiradentes. Por isso, hoje, existe um pleito para patrimonializá-las.”

“Irôko é o nome dado pela nação ketu ao orixá que representa a dimensão do tempo e é senhor de todas as árvores sagradas”, esclarece o relatório do Lugares de Axé. “Na África, a árvore que é consagrada ao orixá é conhecida como amoreira africana. No Brasil, diz-se que Irôko habita as gameleiras (fícus doliaria), também chamadas de gameleiras ou figueiras brancas.”

O afoxé, por sua vez, é o candomblé de rua – e até hoje o bloco Egbé Ayè Afoxé Omo Ijesá começa seu cortejo na Tiradentes, assim como a caminhada contra a intolerância religiosa e outros eventos do segmento. “Pro afoxé ser colocado na rua, Exu precisa comer – e Exu tem que comer numa praça. Os pais de santo Glauco Souza Lobo, Odé Otaioci, Pai Kafu Milodê, Mãe Arilda de Iansã e Pai Veco ty Oyá chegaram na Tiradentes e identificaram que cinco figueiras brancas estavam plantadas. Foi um susto, mas eles não perderam a oportunidade, por tudo o que significa uma figueira branca pra quem é de candomblé”, fala Romulo Miranda, o Cabuquinho. 

Cabuquinho é ogan do Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran, casa fundada por Odé Otaioci – ou José Francisco Pereira – que atua como guardiã das árvores sagradas. “Uma delas foi consagrada a Exu – é onde Exu come todos os anos antes do afoxé sair. Poucas pessoas sabem desse rito, porque a gente ainda luta por visibilidade, mas todas são cuidadas pelo nosso terreiro. Anualmente, elas recebem oferendas e ritos”, comenta. “Eu, vindo da Bahia, com outro repertório, acho impressionante que uma cidade branca e preconceituosa comporte esse imaginário e essa religiosidade.”

irôkos da praça tiradentes
Foto: Dalton Dien Aiyrasí

A prefeitura já reconhece a raridade e necessidade de preservação dessas árvores, que são imunes de corte, mas em 2019 os povos de terreiro se articularam e enviaram um abaixo-assinado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Eles querem que as árvores sejam reconhecidas como patrimônio imaterial de Curitiba. “O pedido de registro e nota técnica estão aguardando a avaliação da Câmara Setorial de Patrimônio Imaterial, que integra o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural”, atualiza Rafael Boeing, analista do órgão. “A reunião está prevista para o próximo dia 18 de novembro.”

Em frente

Hoje, os povos de terreiro são reconhecidos como comunidades tradicionais, conceituados como “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”, conforme descrito no Decreto Federal 6.040/2007. 

“Uma comunidade tradicional tem direitos específicos reconhecidos na legislação brasileira, como o direito à cultura, ao território, à identidade e aos recursos naturais”, explica a cartilha “Povos de Terreiro e Territórios Tradicionais”. “A Constituição brasileira de 1988 reconheceu que todos os bens de natureza material e imaterial, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira são patrimônio cultural”, segue o texto.

Diferente de outras capitais brasileiras, Curitiba não tem nenhum terreiro tombado, embora tenha igrejas. No começo de 2020, após a Tenda de Umbanda Pai Tomé e Mãe Rosário, localizada no Abranches, receber a ordem de reintegração de posse da área que ocupa desde 1978, houve um pedido de reconhecimento do local, que está nas mãos do Iphan. Enquanto isso, os líderes espirituais da casa, Dona Tereza e Seu Feliciano, resistem às ameaças para praticar sua fé.

Tenda de Umbanda Pai Tomé e Mãe Rosária, de Dona Tereza e Seu Feliciano. Foto: Daniel Rebello

Anna Finger, Chefe da Divisão Técnica do Iphan, diz que o órgão está “aguardando orientações da área central sobre como tratar o tema, bem como o arrefecimento da pandemia para poder realizar uma reunião presencial com a comunidade desse terreiro e explicar as implicações de um eventual tombamento, alinhando as expectativas dos requerentes com o alcance desse instrumento.” Ela esclarece que o tombamento é um instrumento criado para garantir a preservação dos aspectos materiais do bem, e não a propriedade ou mesmo o uso.

Segundo ela, “o pedido foi fundado não na importância cultural do espaço, mas na ameaça de despejo, então é uma tentativa de possibilitar que ele fique naquele lugar, e o valor cultural foi o argumento que acharam, mas ainda demandaria um estudo bem mais complexo pra dizer se o lugar é, de fato, detentor de valores que justificassem seu tombamento em âmbito federal. Um agravante é a restrição orçamentária que o Iphan enfrenta.”

A principal ação de reconhecimento e preservação da memória chancelada pelo poder público do município é recente e simbólica: uma data. Este ano, por proposição do professor Euler (PSD), a partir de articulações de ativistas, foi instituído o Dia Municipal das Religiões de Matriz Africana, através da Lei 15.861/2021. A celebração ficou marcada para 24 de setembro porque nesse mesmo dia, em 1829, a Câmara Municipal de Curitiba proibiu os batuques e fandangos, tentando silenciar os tambores sagrados.

“Até que enfim conseguimos alterar alguma coisa dentro desse racismo institucionalizado”, comemora o ativista Adegmar José da Silva, o Candieiro, que integra o Fórum das Religiões de Matrizes Africanas de Curitiba e Região Metropolitana e o Centro Cultural Humaita – mas não sem provocar reflexão: “Pena que a lei do silêncio é a lei do batuque aperfeiçoada.” 

*Esta reportagem compõe a série “Axé e resistência”, que marca o Mês da Consciência Negra no Plural.

Sobre o/a autor/a

1 comentário em “Macumba em Curitiba: raízes históricas das religiões de matriz africana”

  1. Sou um cubano recém chegado em Curitiba, sou praticante da religião Yoruba e gostaria de fazer parte de nossas raízes aqui no Brasil, por favor, onde posso ir?

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