Farmacêuticos estão sem vacina em Curitiba

Profissionais da Saúde não têm previsão de imunização

Terceira maior categoria em número de mortes por Covid-19 no Brasil, os farmacêuticos lutam para receber a primeira dose da vacina contra a doença. Segundo levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR) 66% dos profissionais que responderam a pesquisa alegaram não terem tomado a vacina em Curitiba. Em todo o Estado, 47,5% dos farmacêuticos participantes estão sem imunização.

A porcentagem também é alta em Maringá, contabilizando 62% não vacinados, 68% em Campo Mourão, 87% em Campina Grande do Sul e 73% em São Miguel do Iguaçu. Hoje, o Paraná contabiliza 19.090 farmacêuticos. A pesquisa do CRF-PR ouviu 4.757 profissionais.

O levantamento do LocalizaSUS (08/04), feito pelo Ministério da Saúde, aponta um número ainda maior: no Paraná, 60% dos farmacêuticos não foram vacinados.

De acordo com o CRF, o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) aponta 37 óbitos decorrentes da Covid-19 na área farmacêutica, sendo o 3ª setor com o maior número de mortes – ficando atrás da Enfermagem e da Medicina.

“Os dados registrados expressam a necessidade da urgência da vacinação para os farmacêuticos. O profissional está na linha de frente, atendendo nas farmácias, trabalhando em laboratórios, atuando em hospitais e prestando toda assistência à saúde da população”, afirma a presidente do CRF-PR, Mirian Ramos Fiorentin.

Doses insuficientes

A Secretaria de Saúde de Curitiba informou que os lotes de vacina contra covid-19 são entregues ao município com a destinação definida pelo Ministério da Saúde. O objetivo é que o Plano Nacional de Imunização (PNI) seja seguido igualmente entre Estados e Municípios. Até a última sexta-feira (9), foram imunizados 60.565 profissionais de Saúde, segundo a Prefeitura.

“Há uma divergência entre a estimativa populacional para esse grupo entre o Plano Estadual (60.332) e Municipal (89.801), com isso as doses recebidas até o momento destinadas a esse público foram insuficientes. A Prefeitura já está em tratativa com o Ministério da Saúde para o ajuste do público alvo e envio de novas remessas para a imunização dos trabalhadores de Saúde que ainda não foram imunizados”, diz a nota.

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