Família fabrica máscaras para doar a profissionais da saúde

Hospitais de Curitiba e Campo Largo serão beneficiados pela iniciativa

Em tempos de pandemia de coronavírus, uma família de Campo Largo largou tudo para contribuir com a área de saúde. Os Andrade são donos de uma pequena empresa que costumava fabricar objetos de decoração, mas por causa do aumento de casos da doença no Paraná, a produção ganhou outro foco.

“Uma médica entrou em contato conosco e mandou um projeto de máscaras de proteção em acrílico. Ela queria saber se a gente conseguia fazer. Inicialmente pediu 35″, afirma Michelli Andrade, 28 anos. “Temos um amigo que trabalha no Samu e mostramos pra ele, depois de prontas, pra entender se estavam funcionais. Ele pediu mais.”

Michelli conta que resolveu compartilhar a história nas redes sociais. Na publicação, ela relatou a experiência e pediu ajuda para comprar a matéria-prima necessária para fazer as máscaras, que a família prometia doar. “Quando a gente começou com as postagens, a coisa tomou uma proporção gigantesca. No momento, temos mais de 700 solicitações dessas máscaras. Tem vários médicos e profissionais da saúde entrando em contato comigo, porque os grandes hospitais não têm onde comprar”, diz.

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Na última semana, a empresa fechou parcerias para atender à demanda. “A gente começou, com a ajuda de um e de outro, a produzir. Temos ajuda de algumas pessoas de Curitiba que também fazem impressão 3D. O nosso objetivo é entregar pelo menos 700 máscaras até o fim da semana”, estima Michelli.

A empresária explica que com as máquinas que a família e os parceiros têm é possível fazer 100 máscaras por dia. O acrílico que eles conseguiram arrecadar dá para cerca de 3,2 mil unidades. “As doações estão sendo direcionadas para comprar o filamento, que é um material que a máquina precisa”, esclarece.

A alta procura pelas máscaras tem motivo. “O que o pessoal tem me dado de feedback é que esse trabalho é de extrema importância porque os profissionais de saúde precisam se proteger para continuar atendendo os pacientes que chegam aos hospitais”, conta Michelli.

A família já recebeu pedidos de outras cidades, como Blumenau e Joinville, mas recusou por uma questão logística. “Neste momento, estamos dando prioridade para os hospitais de Curitiba e Campo Largo. Temos que ir por partes. A nossa recomendação é que procurem empresas que façam trabalho em 3D na sua região”, diz a empresária, que se dispõe a enviar o arquivo do projeto da máscara e a explicar como a empresa da família está produzindo o equipamento. “Assim eles poderão fazer também”, orienta Michelli.

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