Falta de mão de obra compromete desinfecção de ônibus em Curitiba

Última higienização de estações e pontos com produtos para combater o coronavírus ocorreu entre o final de março e o começo de abril

Com menos da metade da população em isolamento, e graças a reabertura do comércio, o número de pessoas circulando nas ruas de Curitiba aumentou. A demanda fez o uso do transporte coletivo ser intensificado nos últimos dias. Na limpeza dos ônibus, tubos e terminais da capital, no entanto, não vem sendo incluído o peróxido de hidrogênio, poderoso antisséptico no combate ao coronavírus. Por falta de funcionários, a última desinfecção no transporte coletivo de Curitiba foi realizada há quase um mês.

A prefeitura informou que funcionários fazem pulverizações de hipoclorito de sódio e peróxido de hidrogênio à noite, em lugares como hospitais, unidades de saúde, praças, ruas e em pontos com grande circulação de pessoas. De acordo com a Urbanização de Curitiba (Urbs), o serviço só não tem sido feito no transporte porque não há mão de obra para isso.

A Urbs informou que há uma licitação aberta para a contratação de empresa que execute o serviço. Porém, o processo ficou por algumas semanas com a Secretaria Municipal de Administração e de Gestão de Pessoal (Smap) e apenas recentemente teria retornado para a Urbs. Com isso, a tendência é que toda a ação seja reiniciada, sem previsão para a contratação.

Última limpeza

Entre o final de março e início de abril (a data exata não foi informada pela Urbs), a prefeitura de Curitiba realizou a desinfecção dos 22 terminais e dos 2.640 pontos de ônibus e estações-tubo da cidade. Na ocasião, também foi feita a higienização dos pontos de contato, como grades, postes e pisos.

Apesar das pulverizações com o peróxido de hidrogênio não estarem sendo realizadas neste mês, a limpeza nos tubos e terminais são feitas constantemente com outros produtos, ressalta a Urbs.

Sanitização

O prefeito Rafael Greca (DEM) anunciou nesta semana, nas redes sociais, que a prefeitura está fazendo uma sanitização nos prédios públicos. Neste procedimento, os funcionários utilizam o produto quaternário de amônia, que é aplicado por meio de um nebulizador elétrico. A ideia é eliminar vírus, bactérias e fungos. O produto também está sendo aplicado em todos os locais que podem ter contato das pessoas, como maçanetas, portas e interruptores.

Essa higienização foi feita primeiro na Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas e reúne serviços públicos para proteger as mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade. Mesmo com a pandemia, o local está funcionando normalmente.

Outro lado

A Urbs enviou uma nota rebatendo as informações publicadas pelo Plural. Eis a nota na íntegra:

A Urbanização de Curitiba S.A. (URBS) esclarece que não procede a informação publicada na reportagem “Falta de mão de obra compromete desinfecção de ônibus em Curitiba”. Em nenhum momento a Urbs mencionou, como citado na matéria, que o serviço foi comprometido por falta de mão de obra. A contratação do serviço está em andamento na Prefeitura. O processo passou pela Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoal (SMAP) e retornou para a Urbs, que vai dar prosseguimento aos trabalhos. Trata-se de um fluxo normal de contratação de serviços no poder público. A última desinfecção foi realizada há exatos 18 dias úteis.

Não há falta de funcionários, como o informado na matéria. A limpeza especial com Peróxido de Hidrogênio, doado pela Peróxidos do Brasil, estava sendo realizada por empresas prestadoras de serviços voluntariamente, de acordo com a possibilidade na agenda das mesmas. O processo agora é contratar prestadoras de serviço para a continuidade dos trabalhos de aplicação do produto por meio de licitação. Portanto a desinfecção não está comprometida, como o informado. Em nenhum momento foi estabelecido um prazo para execução desses trabalhos, já que se trata de uma ação especial.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima