Expoente: seis empresas devem disputar colégios

Leilão judicial deverá ter pelo menos seis propostas, três das quais de empresas de fora de Curitiba. Grupo educacional soma R$ 160 milhões em dívidas, na maior parte tributárias

Seis grupos educacionais, três de Curitiba e três de fora devem disputar a compra dos dois colégios Expoente de Curitiba. A informação é da advogada do Grupo, Sandra Aparecida Lopes Barbon Lewis. Os interessados deverão participar de um leilão judicial dos ativos da massa falida, uma modalidade de venda que será proposta pelo administrador nomeado pela Justiça.

Leia mais: Expoente busca recursos para poder terminar o ano letivo

O Plural apurou os nomes dos grupos, mas nenhum confirma estar participando das negociações.

Segundo Lewis, a autofalência foi uma “saída honrosa” para o Grupo, que assim viabilizou a venda das escolas sem prejuízo para os alunos. Com R$ 160 milhões em dívidas, na maior parte tributárias, o Expoente disse não estar conseguindo investir para manter a empresa competitiva no mercado. Também estava tendo problemas para encontrar interessados na compra dos ativos.

A avaliação dos dois colégios, os imóveis e o sistema de ensino, bem como a definição da forma de leilão a ser realizado será protocolada na Justiça nos próximos dias. A partir daí a expectativa é que o negócio seja concretizado rapidamente, garantindo que sejam realizadas as rematrículas ainda em 2019.

Questionamentos

Os planos, no entanto, estão sendo questionados por dois integrantes do processo judicial. Gabriel Straube, que é inventariante de um sócio do Grupo, Guido Straube, postula a revogação da decisão que decretou a falência. Straube afirma que o Expoente teria que ter executado as cotas societárias de Guido Straube antes do pedido de autofalência.

Ele também aponta que há cerca de um ano a empresa havia protocolado na 2.ª Vara de Falência relatório indicando que 83% dos créditos em favor de credores da recuperação fiscal estavam quitados e que 50% do plano de recuperação estava cumprido.

Já o escritório Küster e Carvalho Advogados Associados também questiona o pedido de falência, mas por outras razões. O pedido apresentado à Justiça indica um estranhamento em relação a inclusão, no pedido de falência, de mais duas empresas do grupo que não estavam em recuperação fiscal e a distribuição de lucros e dividendos de uma dessas empresas, a Merlin Sistema de Ensino, em 2018, no total de R$ 5 milhões.

Para a advogada do Expoente, Sandra Lewis, os questionamentos seguem um padrão normal e não devem atrasar a realização do leilão. Ela explicou que trata-se de uma “questão tranquila” e que os questionamentos serão respondidos na Justiça.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima