Os quatro alunos do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que organizaram o trote violento ocorrido nesta semana deixaram a cadeia. Cada um pagou fiança de R$ 10 mil e, na segunda-feira (4), deverão colocar tornozeleira eletrônica.
Os veteranos – dois homens e duas mulheres com idades entre 21 e 23 anos – foram indiciados por lesão corporal de natureza grave e constrangimento ilegal, de acordo com a Polícia Civil (PC).
O grupo jogou creolina em calouros do curso de medicina veterinária durante o trote da última quarta-feira (30). O produto causou queimaduras em 19 pessoas, que registraram boletins de ocorrência. Todas as vítimas já receberam alta do hospital.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Pedro Lucena, a Polícia Civil (PC) encaminhou amostras da creolina utilizada no trote para o Instituto de Criminalística. O objetivo é descobrir se havia algum outro produto misturado. “Não sabermos ainda se foi só a creolina. Uma das estudantes acusadas usava luvas no momento que eles jogaram o líquido nos colegas, então vamos aguardar para ver se eles utilizaram outra substância”.
Com o monitoramento eletrônico eles poderão responder em liberdade, mas com restrições de circulação e não sem autorização para se aproximarem das vítimas. O inquérito deve ser concluído até o fim do mês.
Nesta sexta-feira (01) a UPFR disse, em nota, que os estudantes feridos receberão atendimento de médicos dermatologistas do campus de Toledo e que “está dedicada na apuração rigorosa para a punição dos autores envolvidos”.
Colegas das vítimas pedem a expulsão dos veteranos envolvidos no caso, o que pode acontecer nos próximos dias.