Escolas particulares criam plano gradual de volta às aulas no Paraná

Ideia do Sinepe/PR é garantir uma retomada gradativa e segura das aulas na rede privada. Para funcionar, medida precisa de aprovação

Com a flexibilização do isolamento social, muitas cidades do Paraná já têm retomado as suas atividades econômicas. Esses estabelecimentos devem cumprir, por lei, medidas sanitárias obrigatórias e estabelecidas em âmbito municipal, estadual e federal. Pensando nisso, as instituições particulares de ensino do Estado estão reivindicando autorização para começar um processo gradativo de volta às aulas. No entanto, o plano precisa ser aprovado pelo governo do estado.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe-PR), Esther Cristina Pereira, o plano deve manter a prioridade para o ensino à distância. Segundo a pedagoga, a ideia é abrir a escola para filhos de trabalhadores das áreas consideradas essenciais. “A gente vai solicitar a prioridade para os pais que trabalham na saúde”, diz.

Esther afirma que muitos pais se encontram em situações difíceis por ter que deixar os filhos com avós, outras famílias ou com babás. Segundo ela, muitas dessas pessoas precisam do transporte coletivo para se deslocar e estão sob risco de contaminação. “Essas crianças estão em lugares mais complexos do que se estivessem na escola”, argumenta.

O plano do Sinepe-PR foi protocolado, nesta semana, junto ao governo e diversas prefeituras do Estado. Só que essas medidas dependem de aprovação do poder público. Esther destaca que o retorno gradativo serviria para trazer segurança aos estudantes. Em adicional, garante que a rede particular tem condições de oferecer todas as medidas preventivas necessárias contra a covid-19.

Ampliação gradual

Esther explica que o documento foi feito há duas semanas junto com a Federação Nacional das Escolas Particulares. Segundo ela, o ofício foi mandado para as autoridades devido à reabertura gradual do comércio nas cidades paranaenses. Para a pedagoga, não é correto que escolas estejam fechadas nos municípios que não foram atingidos pelo coronavírus no Paraná.

O ofício do Sinepe-PR fala que as escolas particulares vão atender de forma presencial apenas os casos realmente necessários. Segundo Esther, a ampliação gradual de atividades presenciais da escola só será feita com o aval das autoridades de saúde. “A ideia é atender a demanda dos pais que trabalham de maneira presencial, calculamos entre 20 e 25% da capacidade normal da escola”, explica.

No atendimento presencial, as escolas vão ter que cumprir regras como: o distanciamento mínimo de 1 metro entre os alunos e os demais pessoas que frequentam a instituição; o uso obrigatório de máscaras para todos; disponibilidade de álcool gel em todos os recintos; higienização com água sanitária diluída antes da chegada da turma; proibição da entrada de pessoas resfriadas no local; aferição de temperatura de todos logos na entrada dos estabelecimentos, entre outros.

Com o decreto do governador Ratinho Júnior (PSD) de 28 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde deve ser a responsável por estabelecer regras para o funcionamento de atividades não essenciais.

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