Escassez deixa profissionais da saúde sem proteção

Apenf oficiou conselhos de enfermagem pedindo providências; órgão também pede doações a empresários e à população

Na última semana, a Associação Paranaense de Enfermagem (Apenf) recebeu mais de 100 denúncias, vindas de todo o estado do Paraná, sobre um tema comum: a escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) nos serviços de saúde.

“Tem lugares onde o óculos de proteção não é de uso individual, ele precisa ficar no setor ou na ambulância. O funcionário sai do plantão e o deixa para o próximo plantonista. Outros estabelecimentos estão racionando EPIs. O funcionário recebe uma máscara cirúrgica simples para trabalhar o dia inteiro – ou uma N95 para o mês. A gente sabe que isso é totalmente irregular e anti-higiênico”, defende a presidente da Apenf, Rita Franz.

A falta tem motivo: poucas fábricas produzem os equipamentos, que costumavam ser importados da China. Os empresários e órgãos públicos não estão encontrando mais para fazer a compra. “A população, que deveria ficar em casa e não precisar de máscaras, acabou comprando muito e agora está fazendo falta para quem está na linha de frente dessa guerra contra o novo coronavírus”, aponta.

Por isso, a associação iniciou uma campanha para conscientizar os profissionais sobre o uso racional dos EPIs. A ideia é que recorram aos equipamentos somente quando necessário. A população e os grandes empresários também estão convidados pela Apenf a fazerem doações de máscaras e outros itens. Na manhã da última terça-feira (24), o órgão oficiou os conselhos regional e federal de enfermagem para tomarem providências em relação ao fornecimento adequado de EPIs: “Caso a gente não note nenhuma ação concreta, vamos oficiar o Ministério Público”.

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