Em risco, UFPR e UTFPR têm 6,14% das patentes de universidades no país

Corte de recursos prejudica não apenas o ensino, como também as atividades de extensão e pesquisa

As duas maiores instituições federais de ensino superior do Paraná podem ficar sem recursos para manutenção este ano, depois que o MEC anunciou um corte de 30% nas verbas de custeio. Juntas, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) terão R$ 85 milhões em cortes de recursos pelo governo federal.

O corte de recursos prejudica não apenas o ensino, como também as atividades de extensão e pesquisa. UFPR e UTFPR são também as instituições que mais promovem pesquisa no Paraná. Juntas, representam 6,14% de todas as patentes registradas por universidades entre 2000 e 2017, segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

No período, a UFPR foi a quarta instituição brasileira a mais registrar patentes, entre as instituições de ensino superior. Foram 441 registros. Na frente da mais antiga universidade do país estão a Unicamp, que tem 10% de todas as patentes do período, a USP e a UFMG.

Por sua vez, a UTFPR têm 123 patentes. A única universidade privada do Paraná a aparecer entre as 30 com mais registros é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que tem 111 registros e está à frente da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com 109.

Apenas uma outra instituição privada paranaense aparece na lista de universidades com registros no período: a Universidade Positivo, com apenas uma patente, registrada em 2012.

Patentes de invenção

Segundo levantamento do INPI divulgado em 2018, as instituições de ensino superior apresentam 28% de todos os pedidos de registro de invenções do país. Em participação, elas ficam atrás nesse tipo de patente apenas para pessoas físicas. As empresas de médio e grande porte são responsáveis por apenas 18% das patentes desse tipo.

As IES também ficam na frente no número de registros de programas de computador. Elas são donas de 37% de todos os pedidos, enquanto as empresas de médio e grande porte detêm 26% e as pessoas físicas, 21% das patentes. No total geral que totaliza todos os registros, as universidades ficam com 14%.

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