É preciso combater a arquitetura hostil – e há 448 exemplos dela só no Centro de Curitiba

Interferências urbanas dificultam o uso de espaços públicos a determinados grupos sociais

Se você é de Curitiba, certamente já se deparou com algum banco irregular, pinos pontiagudos em fachadas de lojas, grades cercando praças e parques, e por aí vai. A implementação desses aparatos, chamados de arquiteturas hostis, é escorada no argumento de tornar a cidade mais segura para a população. Mas de que população estamos falando exatamente?

Em sua dissertação de mestrado Sem descanso: Arquitetura hostil e controle do espaço público no centro de Curitiba, a Arquiteta e Urbanista e mestre em Planejamento Urbano, Débora Faria, define as arquiteturas hostis como “estratégias de controle social que pretendem excluir grupos considerados indesejáveis, tais como população em situação de rua e adolescentes, do espaço público”.

Presentes em diversos países do mundo, o uso desses objetos é justificado, em geral, como uma resposta ao medo da violência e do crime. Em seu estudo, Débora aponta que no Brasil, o implemento de soluções de segurança envolve também o “medo de estranhos, o medo do outro, o medo dos pobres e o medo do próprio espaço urbano”. Segundo a arquiteta, assim como o medo da violência resulta no levantamento de muros e cercas, o medo do outro leva à criação de medidas que delimitam o espaço público, visando controlar o comportamento e movimento de determinados grupos sociais.

“Onde antes era possível sentar, são colocados pinos, espetos, plantas e outros mobiliários, os quais tornam desconfortável qualquer forma de permanência.” Em sua pesquisa, Débora encontrou 448 pontos de arquitetura hostil no centro de Curitiba. A área corresponde a 3,58 km, o que significa que, na região, há 125 arquiteturas hostis por quilômetro. Do total, são 123 pinos, 103 arranjos vegetais, 128 grades, 16 espetos, 15 planos inclinados, 11 muros de vidro, 10 arcos de ferro e 6 mobiliários que impõe quatro principais restrições: sentar, deitar, abrigar-se e acessar determinado espaço. Impedir o repouso foi a função mais encontrada entre os aparatos – das 448 arquiteturas hostis mapeadas 387 têm essa finalidade.

Vasos e mobiliários na Avenida Sete de Setembro em 2017. Foto: Reprodução/Débora Faria
Pinos nas ruas Francisco Torres e Vicente Machado em 2019. Foto: Reprodução/Débora Faria

Débora explica que, por mais que a grande maioria das instalações hostis esteja localizada no espaço público – ou nos limites entre o espaço público e o privado, como fachadas e nichos -, quem as implementa são os proprietários privados, que veem nesses objetos uma solução fácil para evitar que as pessoas bloqueiem suas vitrines e fachadas. “Isso muitas vezes é utilizado já como um recurso preventivo para evitar esse tipo de conflito”, afirma. 

Paraciclo na Rua Senador Alencar Guimarães e banco com divisões na Rua Nestor de Castro em 2019. Foto: Reprodução/Débora Faria
Vasos em galerias na Rua Lourenço Pinto e em nichos na Rua André de Barros em 2019. Foto: Reprodução/Débora Faria

Embora as construções sejam instaladas, em sua maioria, pela iniciativa privada, na visão de Débora, existe uma conivência do setor público com a situação. “Como não existe um esforço do Poder Público para resolver esse conflito que é ter pessoas morando na rua, os proprietários tentam resolver esse problema de uma maneira individual.”

História 

Em sua dissertação, a arquiteta explica que as estratégias de controle social – tal qual a arquitetura hostil – estão presentes no Brasil desde o desenvolvimento das primeiras cidades. “A formação de uma sociedade urbana trouxe consigo a noção de ‘classes perigosas’ – atribuída, na visão das elites das cidades, a massa de pobres e escravos que traziam comportamentos chocantes e hábitos anti-higiênicos, na visão das elites das cidades.”

Para o Arquiteto e Urbanista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Hardt, a arquitetura hostil é uma consequência de um processo histórico. Ele explica que desde a Idade Média, por exemplo, as cidades eram fortificadas para conter invasões de comunidades inimigas. “Há muitos séculos as sociedades desenvolvem suas edificações contrárias a determinados grupos e favoráveis a outros”, relata. 

Ainda que a origem das arquiteturas hostis remeta a séculos passados, os aparatos são constantemente atualizados na tentativa de manter o controle social do uso dos espaços e dificultar a existência de grupos sociais específicos.

O que a arquitetura hostil tem a ver com a desigualdade?

Essas interferências urbanas podem até passar despercebidas por grande parte da população, mas para todas as 222 mil pessoas em situação de rua no Brasil – segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de junho de 2020 – as arquiteturas hostis são um grande obstáculo. O cenário é ainda pior considerando o total desamparo à população em situação de rua em Curitiba, escancarado pelo contexto da pandemia.

Para Débora, o espaço público – que é o mais afetado pelas estratégias de controle -, “oferece cada vez menos condições de sobrevivência e de cidadania a essas pessoas em situação de rua”.

Carlos Hardt entende que o gradativo aumento das diferenças socioeconômicas vem ampliando esse tipo de interferência na arquitetura de um modo geral. A intensa desigualdade social no Brasil é, portanto, um fator definitivo quando falamos de arquitetura hostil. “Se a diferença entre a classe mais baixa e a classe média e média-alta fosse menor, muito provavelmente essas hostilidades das construções também seriam menores”, afirma. 

Na visão do professor, a resposta para o conflito social que é explicitado pelas arquiteturas hostis é a implementação de políticas públicas efetivas para oferecer à população em situação de vulnerabilidade condições dignas de moradia.

O que diz a lei

Não existem menções diretas proibindo ou incentivando o uso de arquiteturas hostis na legislação de Curitiba. Em sua pesquisa, no entanto, Débora aponta que a Lei 11.095/2004 “menciona a proibição à instalação de qualquer mobiliário urbano que cause prejuízo à circulação de veículos ou pedestres, e interferência no aspecto visual e no acesso visual às construções de valor arquitetônico, artístico e cultural”. 

A mesma lei ainda impede a instalação de “objetos que impeçam ou dificultem a circulação e visibilidade, ou que possam vir a causar danos aos transeuntes” em espaços públicos. Porém, o que está descrito na lei são exatamente os impedimentos ocasionados por diversas arquiteturas hostis, as quais, segundo a arquiteta, “provocam bloqueios nos passeios, alterações na paisagem urbana, ou, em casos mais extremos, têm o potencial de causar danos físicos aos usuários do espaço público”.

Arquitetura hostil é apenas a ponta do iceberg

Em vez de focar em medidas que incentivem o desenvolvimento social e alternativas de contenção da violência, o que se vê é que a sociedade opta por soluções repressivas e coercivas para manter a ordem vigente. 

No caso das arquiteturas hostis, o que acontece, segundo Débora, é o encolhimento do próprio espaço público e da noção de cidadania. “Tem menos áreas de descanso e menos áreas para que se possa desenvolver atividades sociais, interações sociais. Às pessoas vulnerabilizadas não é permitido nem sequer buscar as condições de sobrevivência que elas precisam.” 

A instalação de floreiras e manilhas no viaduto Capanema, próximo à Rodoferroviária de Curitiba, em 2015, é um exemplo dessa redução do espaço público. A Prefeitura de Curitiba, na época, alegou que essa era uma medida que visava “humanizar o espaço“. Porém, o efeito foi justamente o oposto: a instalação bloqueou uma área que servia de abrigo para a população em situação de rua, fazendo essa pessoas se retirarem do espaço.

Esses controles sociais, visto que de nada resolvem o problema de moradia no Brasil, geram efeitos apenas a curto prazo. Assim como as instalações hostis se atualizam constantemente, as pessoas que necessitam da rua – seja como moradia, como local de trabalho ou descanso – também se adaptam aos obstáculos físicos e sociais. “As pessoas dão um jeito. Elas utilizam espaços que têm arquitetura hostil de qualquer forma porque elas têm essa necessidade de sentar em algum lugar, de deitar em algum lugar”, afirma a arquiteta. 

Vendedores de celular na Rua Monsenhor Celso. Foto: Reprodução/Débora Faria
Homem sentado sobre pinos na Praça Tiradentes. Foto: Reprodução/Débora Faria

Dessa forma, as arquiteturas hostis além de não tratarem o cerne do impasse social da moradia, somente aumentam as restrições espaciais e a agressividade da paisagem. “Hoje, particularmente no Brasil e em Curitiba, nós temos uma paisagem urbana de uma agressividade paisagística incrível. Isso altera a imagem da cidade. Andando na rua você começa a ter uma limitação, inclusive visual, do espaço”, explica Carlos.  

A visão excludente que a arquitetura hostil carrega desestimula as pessoas a estarem na rua convivendo com pessoas diferentes e isso acaba influenciando na normalização da intolerância e do imaginário coletivo de que as pessoas em situação de vulnerabilidade são perigosas – por mais que, como afirma Débora, não existam dados que comprovem isso.

“A arquitetura hostil tem um impacto bastante psicológico para as pessoas. Dependendo do grau dessas construções, as pessoas começam a ter mais medo de usar o espaço público. Porque como imagem, a arquitetura hostil remete a uma paisagem de perigo, que aquele lugar é perigoso. A gente acaba tendo menos tolerância.” Em outras palavras, a arquitetura hostil escancara justamente aquilo que se pretendia esconder: uma cidade segregada, intolerante e excludente.

Sobre o/a autor/a

32 comentários em “É preciso combater a arquitetura hostil – e há 448 exemplos dela só no Centro de Curitiba”

  1. Henrique Luís Cotting dos Santos

    Excelente pesquisa e matéria.
    Quanto aos ridículos comentários, bem, só confirmam a relevância do tema, e de trazer luzes ao debate público sobre as diversas formas de exclusão.

  2. Excelente trabalho da estudante. O problema está claro que é um reflexo da desigualdade, utilizar a arquitetura hostil é jogar o problema para baixo do tapete para fingir que ele não existe, quando está cada dia mais escancarado. Ah, então quer dizer que o morador de rua só desaparece colocando pinos e vasos, como em um passe de mágica? Que lindo…A verdadeira solução? Prover assistência física e psicológica para moradores de rua e realizar ações preventivas. É um trabalho árduo e não é a saída mais fácil, mas é a única que possibilita, efetivamente, solucionar o problema.

  3. Ué, os reaças da gazeta do povo migraram pra cá? só paranistas integralistas defensores da família cristã, mas que queima um mendigo vivo se for preciso pra defender seu patrimônio…

  4. Fernanda Sánchez

    Parabéns pela pesquisa, de grande relevância, e pela dissertação, Débora Faria e orientador, Carlos Hardt. Trabalho importante para levantar uma das questões urbanas de maior expressão na contemporaneidade das metrópoles: a desigualdade e a insegurança das pessoas mais vulneráveis, sem teto, sem estado, sem política pública, sem abrigo. Corpos matáveis, corpos banidos da vida pública. Para eles não há política de segurança, há violência, como a dos dispositivos de arquitetura. Considero o tema ainda mais relevante, por ter sido tratado na chamada “Cidade Modelo” de Curitiba, a capital de “primeiro mundo”.

    1. Muito feliz com seu comentário, Fernanda. Uma honra
      Quem orientou o trabalho foi o Alessandro Filla Rosaneli, coordenador do Observatório do Espaço Público.

  5. Luiz Fernando Peixoto Souza

    Se a arquitetura hostil tem a finalidade de “proteger” contra a depredação e mau uso a fachada de prédios, sejam comerciais ou residenciais, ou mesmo como disseram acima “se tirarem vão urinar e defecar” nos locais, o poder público que nos parece “tem aversão” ao morador de rua, deveria instalar sanitários públicos para atender não só a população de rua mas também a aqueles que transitam por suas ruas e em caso de “necessidade”tem que recorrer a estabelecimentos comerciais que nem sempre estão dispostos a ceder seus sanitários.

  6. Não vejo como arquitetura…
    Seria mais como elementos acrônicos, colocados junto à paisagem urbana na tentativa de coibir abusos de mau uso.

    1. Pode ter certeza que se passou por uma banca de doutores, o tema versa sobre arquitetura sim.
      A academia é muito mais exigente do que parece.

  7. Parabéns pela dissertação e pela matéria! Estudar um tema tão incômodo para a sociedade não deve ter sido nada fácil! Basta ver pelos comentários que a sociedade não sabe ainda como lidar com a situação de pessoas em vulnerabilidade e acaba por tomar as medidas que julga serem possíveis… Estudar sobre isso contribui muito para o avanço dos debates! Mais uma vez, parabéns!

  8. MARIANA ANDREOTTI DIAS

    Excelente trabalho! E muito necessário, ainda mais para Curitiba que ainda vende a imagem de modelo. Precisamos ser mais solidários e de fato enxergar a cidade em que vivemos, uma cidade excludente, com espaços higienistas, sem auxilio para a população em situação de rua. Sugiro que conversem com essa população para que compreendam suas tristes realidades.

  9. Chegamos a um nível em que tudo é excludente! Muito fácil criticar a arquitetura “hostil” não estando na pele de quem a concretiza. E será mesmo que ela é para excluir??? Nem sempre. Às vezes é para pôr um pouco de verde no meio dessa selva de concreto.

  10. O trabalho da Débora, faz uma constatação e nos mostra alguns aspectos da vida urbana e interferências no espaço urbano e privado, que muitos deles passavam despercebidos nas suas intenções. Traduzem o desastre econômico, social e civilizacional que estamos vivendo. A solução não é a curto prazo, pois depende de melhorias econômicas, diminuição da exclusão social e da extrema desigualdades, mais educação e cultura, onde a falta destas podemos ver nos comentários estúpidos aqui postados.

  11. Recomendo a “arquiteta” e a “jornalista” limparem as fezes ,urina , lixo que ficam nas portas dos comércios e casas, aí a população retiraria a arquitetura hostil , que pra mim a única coisa hostil é um trabalho desnecessário deste.

  12. Ótimo artigo!
    Quanto aos comentários, críticas inúteis.
    A prefeitura poderia investir em mais banheiros públicos ao invés de manilhas, todos agradeceriam.
    A prefeitura poderia investir também nas pessoas de forma a evitar que estivessem em situação de rua a ficar maltratando as mesmas quando já estão desabrigadas.

    Parabéns Débora, entrarei em contato pra conhecer mais sobre sobre a idéia, temos muito que conversar.

  13. Rogério Vilas Boas

    A solução correta seria dar condições de trabalho, educacao, saude, moradia para que menos pessoas tenham que viver nas ruas. Mas como vemos a cada ano só aumenta a quantidade de pessoas nas ruas. A sociedade acaba tendo que recorrer a medidas como essa.

  14. Os Arquitetos que escreveram esta pesquiza poderiam se dedicar mais e conversar com cada pessoa de rua que justamente consome drogas e quebram as vitrines . A Arquitetura não é hostil ..a hostlidade vem do medo e da desunião da sociedade dividida em castas politicas ( o lixo dos partidos ) que abusam dos recursos publicos e que é a causa direta da falta de igualdade social. Esta matéria é mediocre.

  15. Ricardo Geribello Anders

    Mais um trabalho acadêmico sem valor e que não agrega nada à nossa segurança. Esta estudante que acolha em sua casa os infratores ou limpe a cidade.

    1. Quanta hostilidade em um comentário. As vezes, eu não entendo como pessoas como você acompanham o Plural. Me parece tão antagônico.

  16. A “ brilhante” estudante gostaria de ter na porta da casa dela pessoas de rua urinando e defecando todos os dias?
    Obviamente que cabe ao Estado cuidar da segurança pública, do bem estar de todos os seus cidadãos e da estrutura da cidade como um todo, mas insinuar que os proprietários dos estabelecimentos são “cruéis” ou preconceituosos por não quererem ter que limpar urina e fezes das suas portas todos os dias é muita cretinice. Isso sem mencionar vários outros fatores que isso implica.
    Querem dar pitaco até em propriedade particular meu Deus.

  17. É muito fácil falar, escrever, julgar. Difícil é viver essa situação. Se a prefeitura fizee sua parte, só fica na rua quem quer e se ficar só quem quer, é pq prefere se sujeitar a isso… Então é só a prefeitura levar p abrigos quem quer ir e o resto que se vire, pq quer estar na rua e sabe das condições

  18. Priscila De Carvalho Malanski

    Ok. Mas tem muita gente mal educada. Que suja, defeca,,urina….. Só quem tem loja e chega pra abrir de manhã e tá aquela nojeira sabe… quem teoriza e fica escrevendo dissertação em casa não tem ideia.

    1. MARIANA ANDREOTTI DIAS

      Uma dissertação não é apenas teoria, leia o trabalho e verá q acontece um trabalho exaustivo de campo, justamente para a escrita ter validade. Propor arquiteturas e espaços onde a população em situação de rua tenha o mínimo de segurança, conforto e auxilio para sua necessidades, como? com governantes melhores e não como o prefeito q gasta fortunas comprando obras de arte e limpando parques.

    2. Sou Arquiteta e Urbanista e o que aprendi nessa carreira é que temos que antes de fazer um projeto e pensar um espaço temos que vivê-lo em sua plenitude, se colocando como usuário e nesse caso os dois lados da moeda deve ser levado em consideração, a aluna do mestrado deveria também se colocar como lojista ou funcionária que vive na pele as dificuldades de ter seus espaços invadidos, sujos ou hostilizados por maus usuários e dar uma solução arquitetônica e não política para o problema, somos arquitetos e não políticos temos que resolver os problemas e não jogar no colo de quem nunca fará nada

  19. Elemento hostil se combate com arquitetura hostil …, se o estado fizesse a lição de casa, no tocante a segurança, com certeza não teríamos essa arquitetura hostil …

  20. Qual a solucao encontrada pela estudante? Afinal uma dissertacao que nao aponta solucoes é tao vazia e desnecessaria quanto as opinioes dos militantes do twitter.

    Menos maconha e mais ação, por gentileza!!

    1. MARIANA ANDREOTTI DIAS

      A solução, se você ler a dissertação, acredito que você não tenha feito, é propor arquiteturas e espaços onde a população em situação de rua tenha o mínimo de segurança, conforto e auxilio para sua necessidades, como? com governantes melhores e não como o prefeito q gasta fortunas comprando obras de arte e limpando parques. Quem dera se todos fumássemos maconha, seriamos pessoas melhores pois não seriamos como você e seu pensamento higienista.

    1. MARIANA ANDREOTTI DIAS

      Faça uma experiência. Vá viver nas ruas por apenas uma noite. Será q você terá banheiro para suas necessidades? Será q você terá onde dormir? Essa noite Curitiba tava um calor insuportável ne? Mto bom dar sua excelente opinião quando você tem o conforto da sua casa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima