Delegados param operações policiais por 1 mês em protesto a reajuste dado por Ratinho Jr.

A recomposição salarial desigual entre os níveis e a reestruturação da carreira desenhada pelo governo e aprovada pelos deputados não agradou aos policiais civis

Delegados do Paraná vão ficar um mês sem participar ou programar operações policiais. A decisão foi tomada em assembleia na semana passada e já está sendo praticada, segundo informou a associação e o sindicato da categoria, a Adepol e o Sidepol nesta quinta-feira (7).

A medida é uma resposta ao reajuste dado pelo governo Ratinho Jr. aos servidores da segurança pública. A recomposição salarial desigual entre os níveis e a reestruturação da carreira desenhada pelo governo e aprovada pelos deputados não agradou aos policiais civis.

“Tal fato se dá, além da negativa da reposição das perdas salariais dos últimos seis anos (cerca de de 30%) e nenhum diálogo por parte do governador do Paraná, em repúdio ao desrespeito com a alta demanda de trabalho, principalmente no interior do estado, sendo que dos 399 municípios paranaenses, em apenas 121 deles há delegados de polícia designados, defasagem que obrigaria aos servidores policiais civis a trabalharem inclusive em seus dias de folga para atender a população paranaense [sic]”, diz texto publicado na página da Adepol.

A discussão sobre as novas tabelas de vencimento das polícias Civil e Militar do estado vinha sendo feita desde o início do ano. Um grupo de PMs chegou a montar acampamento em frente ao Palácio Iguaçu. No dia da votação do texto na Assembleia Legislativa, manifestantes tentaram entrar na Casa para pressionar uma mudança nas cifras apresentadas, mas a iniciativa do governador avançou facilmente.

O projeto só chegou aos deputados na última semana possível de ser aprovado. Desde o dia 4 deste mês, a legislação eleitoral proíbe reajustes ao funcionalismo público.

A gestão de Ratinho Jr. diz que a correção das tabelas “contempla um ganho real para todas as classes, em todas as referências, atendendo ao critério progressivo de acordo com o valor do subsídio”, tendo assim ganho progressivo na remuneração conforme a etapa de carreira em que se encontra o servidor.

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