Curitiba tem pior índice de isolamento em dois meses

População continua circulando e números caem a cada dia, enquanto aumentam casos e mortes por covid-19

Há um mês, Curitiba registra um índice de isolamento social abaixo de 50%. Nesta quarta-feira (20), esse número chegou a 39%; três pontos percentuais a menos do que o registrado na última semana e o menor desde 19 de março, quando foi decretado o fechamento de atividades não essenciais na Capital. Ou seja, 61% dos curitibanos continuam circulando pelas ruas, número bem abaixo do recomendado para conter o avanço do coronavírus. No Paraná, o isolamento entre a população também é o menor desde o decreto de fechamento e chegou a 37%.

Os dados são da In Loco, empresa de tecnologia especializada em localização. Eles são baseados na movimentação de dispositivos móveis, como celulares.

De 11 a 20 de maio, reduziu de 42% para 39% o número de curitibanos que ficaram em casa. No domingo (17) – dia em que as pessoas ficam mais nas residências – esse número chegou a 52%. No dia seguinte (18), porém, voltou a cair para 41% e assim no dia 19, quando chegou a 40%.

A queda está relacionada à retomada de atividades não essenciais, que vem ocorrendo nas últimas semanas. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o Paraná ainda não chegou ao pico dos casos e mortes por coronavírus, o que acontecer nos próximos meses, com a chegada do inverno.

Os índices de Curitiba são semelhantes aos do Paraná, onde o isolamento social caiu de 39% no dia 11 de maio, para 37% no dia 20. O menor desde o anúncio das medidas de contenção à covid-19.

Os casos da doença chegaram a 2.810 confirmados e 141 óbitos. Na Capital, são 913 contaminados e 35 mortos por coronavírus.

Mobilidade Social

Dados do relatório do Google de Mobilidade Social indicam que, no Paraná, os locais de trabalho tiveram uma redução de 18% no fluxo de pessoas. A comparação é das últimas três semanas – 22 de abril a 13 de maio.

Os dados do Google são coletados de usuários que aceitam compartilhar a localização com os serviços da empresa. Eles medem o percentual de variação do fluxo de pessoas em determinados tipos de locais em comparação com a média anterior.

De acordo com o relatório, o número de paranaenses que frequentaram comércios e espaços de lazer, nos dias citados, foi 40% menor do que o registrado anteriormente. O mesmo índice de redução foi percebido em parques (40%) e no trânsito também foi quase igual (39%).

Os locais ainda muito procurados são as panificadoras e as farmácias, que tiveram queda no fluxo de clientes de apenas 8% nas três semanas avaliadas. Já nas áreas residenciais, houve aumento de 14% no fluxo de pessoas.

Os dados da In Loco e da Google ajudam a monitorar a adesão da população ao isolamento social, uma medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para limitar a transmissão do coronavírus, reduzindo o impacto nos sistemas locais de saúde.

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