Nesta segunda-feira (21/6), Curitiba amplia a vacinação anticovid para pessoas com 50 anos completos ou mais. A vacinação para esta faixa etária será feita com estoque remanescente da última remessa de imunizantes recebidos do Governo do Estado do Paraná, na sexta-feira passada (18/6).
Devido à limitação de doses disponíveis em Curitiba, será suspensa temporariamente, a partir desta segunda-feira, a imunização de professores e trabalhadores da educação tanto básica, quanto de nível superior. O município já vacinou pessoas desse grupo prioritário em quantidade maior do que as doses recebidas, sendo inviável a continuidade enquanto a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná não repassar novos imunizantes com esta destinação. Assim que recebida nova remessa pela Secretaria Municipal da Saúde, Curitiba retomará a vacinação dos profissionais da educação.
Orientação
Os que fazem parte do cronograma por idade, definida na faixa etária dos 50 anos para esta segunda-feira, para receber a vacina deverão preciso apresentar documento de identificação com foto, CPF e um comprovante de residência com endereço de Curitiba. Também é necessário fazer o cadastro antecipado na plataforma Saúde Já, pelo site (www.saudeja.curitiba.pr.gov.br) ou pelo aplicativo do celular. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta ainda que, se possível, leve uma caneta para agilizar o preenchimento do formulário.
Vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira, 21 de junho
Público: pessoas com 50 anos completos ou mais;
Das 8h às 12h: nascidos entre 1º de janeiro e 30 de junho;
Das 13h às 17h: nascidos entre 1º de julho e 31 de dezembro.
Pontos de vacinação contra covid-19
Das 8h às 17h
1 – Pavilhão da Cura
Parque Barigui (entrada somente pela BR-277)
2 – US Ouvidor Pardinho
Rua 24 de Maio, 807 – Praça Ouvidor Pardinho
3 – Centro de Referência, esportes e atividade física
Rua Augusto de Mari, 2.150 – Guaíra
4 – US Salvador Allende
Rua Celeste Tortato Gabardo, 1.712 – Sítio Cercado
5 – US Parigot de Souza
Rua João Eloy de Souza, 111 – Sítio Cercado
6 – US Vila Diana
Rua René Descartes, 537 – Abranches
7 – Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira
Rua Guilherme Ihlenfeldt, 233 – Bacacheri
8 – US Jardim Paranaense
Rua Pedro Nabosne, 57 – Alto Boqueirão
9 – US Visitação
Rua Dr. Bley Zornig, 3136 – Boqueirão
10 – US Camargo
Rua Pedro Violani, 364 – Cajuru
11 – US Uberaba
Rua Cap. Leônidas Marques, 1392 – Uberaba
12 – Clube da Gente CIC
Rua Hilda Cadilhe de Oliveira
13 – US Vila Feliz
Rua Pedro Gusso, 866 – Novo Mundo
14 – US Aurora
Rua Theofhilo Mansur, 500 – Novo Mundo
15 – US Pinheiros
Rua Joanna Emma Dalpozzo Zardo, 370 – Santa Felicidade
16 – Rua da Cidadania do Tatuquara
Rua Olivardo Konoroski Bueno, s/n
17 – Rua da Cidadania do Fazendinha
Rua Carlos Klemtz, 1.700
Há algo de muito perverso na falta de vacinas.
De fato, suspender vacinas para professores ecoa as políticas genocidas gestadas em Brasília e que se desdobram em atos – e ausências – do governo Ratinho Jr e da prefeitura de Greca. Por exemplo, a Lei Estadual que garante retorno presencial e impede que instituições de ensino fechem durante a pandemia:
https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/deputados-aprovam-educacao-como-atividade-essencial/
Um projeto estadual que inspirou aquele aprovado pela Câmara Municipal:
https://www.plural.jor.br/noticias/poder/vereadores-tem-urgencia-em-legalizar-aulas-presenciais-em-curitiba/
Essas leis emolduram a insanidade que tomou de assalto o Paraná e Curitiba. Não à toa, o estado assiste bovinamente ao desenrolar dos piores números (casos e mortes) desde o início da pandemia.
Ora, se educação é “serviço essencial”, então, que sentido há em suspender a vacinação de professores? Na prática, a “essencialidade” estaria tão somente na autorização para o funcionamento das escolas privadas? (Ops! Pensei em voz alta.)
No Paraná, a rigor, o que o governador entende por “essencial”? Seria, por exemplo, essencial proclamar guerra aos professores? (Vide https://www.plural.jor.br/colunas/caixa-zero/ratinho-diz-que-app-nao-representa-professores/ ).
Em Curitiba, seria essencial a ágil vacinação dos funcionários da Unimed? (O Plural acaba de fazer mais uma ótima matéria a respeito.)
Para Ratinho Jr, parece ser essencial o “estado moderno” e o agribusiness. Para Greca, a inauguração de monumentos, das trincheiras aos memoriais (preferencialmente, com soirée lotada!). Ambos jactam-se por cumprir “todos os protocolos”. Essenciais, esses protocolos?
Onde ficam os professores e professoras nessa história? Onde se coloca a educação? Onde a discussão acalorada (na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal) com respeito à educação como atividade essencial? Onde a convicção daqueles deputados e deputadas, vereadores e vereadoras?
Não tem vacina. Mas tem “Pavilhão da Cura”. Mas tem avião-helicóptero-furgão com as cores do Paraná – e muita propaganda de vacina.
Há algo de muito perverso na falta de vacinas: o que falta em vacina, sobra em desorientação e descaramento – e abunda em anestesia.