Diferente da maioria das capitais brasileiras, Curitiba optou por seguir a orientação do Ministério da Saúde de não vacinar adolescentes sem comorbidades. Segundo levantamento feito pelo Jornal Hoje, 20 capitais e o Distrito Federal resolveram dar continuidade à imunização independente das recomendações do Governo Federal. As seis capitais restantes optaram por interromper ou nem dar início às vacinações, a metrópole paranaense é uma delas.
Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Palmas, Belém, Boa Vista, Rio Branco, Porto Velho, Manaus, Maceió, Fortaleza, São Luís, Recife, Aracajú, Salvador, Campo Grande e Distrito Federal seguem com a vacinação de adolescentes.
Nesses lugares as faixas etárias variam pois a aplicação depende do estoque de doses disponíveis, mas o processo de imunização continua sem interrupções. Já no caso de Salvador, Porto Velho e Manaus, a vacinação dos jovens retornou neste sábado (18) após interrupção de 24 horas. A prefeitura de Natal anunciou também no sábado que vai começar a aplicar as doses desta segunda (20).
Goiânia, João Pessoa e Macapá preferiram seguir a orientação do Ministério da Saúde e interromperam a imunização desta faixa etária. Curitiba está junto a Teresina e Cuiabá na decisão de não dar início à vacinação desse público.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS), o município continuará seguindo o que vem sendo feito desde o dia 3 de setembro e só vacinará as gestantes adolescentes, a partir dos 12 anos.
Adolescentes com comorbidades
Curitiba abre na quinta-feira (23) a vacinação para os adolescentes nascidos entre 24 de setembro de 2003 e 23 de setembro de 2009, com deficiência severa e permanente. Além destes, serão vacinados também os adolescentes com comorbidades, nascidos a partir de 24 setembro de 2003 e em 2004 todo.
A vacina estará disponível nesta data, para este grupo, em 22 pontos de vacinação, das 8h às 17h. Os pais ou responsáveis devem acompanhar o adolescente durante a vacinação, para a assinatura do termo de consentimento. A expectativa é vacinar 9 mil pessoas.
Matéria produzida por Jully Ana Mendes sob a orientação de João Frey
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O trio Bolsonaro-Ratinho-Greca produz uma catástrofe. Quando, no passado, alguém ousaria imaginar que 7.439 (o número de mortes por Covid-19 até 20/09) habitantes de Curitiba sucumbiriam em razão da incompetência e do obscurantismo das autoridades?
Aparentemente, não satisfeitos, os genocidas continuam maquinando. Agora, a vez dos adolescentes?
Segundo o senso de 2010 (IBGE), aproximadamente 28% dos curitibanos tem entre 0 e 19 anos. Portanto, são mais de 500 mil pessoas nesta faixa etária.
Com a não vacinação de adolescentes, uma parcela significativa dos moradores da cidade estará mais vulnerável à infecção pelo SARS-CoV-2 e toda a população ficará menos protegida.
Na página da prefeitura (https://coronavirus.curitiba.pr.gov.br/painelcovid/), os dados por faixa etária estão atualizados até 14/09, quando havia 288.131 casos e 7.349 óbitos. Até 14/09, foram 32.659 casos confirmados em pessoas de 0 a 19 anos, correspondendo a 11,3% do total de casos na cidade. Foram 15 óbitos nesta faixa etária.
Em tempo, o Boletim InfoGripe da Fiocruz de 02/09 (https://portal.fiocruz.br/noticia/infogripe-apresenta-novos-dados-de-srag-por-faixa-etaria) alerta para uma estabilização dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) em patamar significativamente elevado entre crianças e adolescentes (0-9 e 10-19 anos).
Não vacinar adolescentes, portanto, configura decisão obtusa e que causará, por ainda mais tempo, mais adoecimentos, mortes e sofrimento em decorrência da Covid-19.
Ao que tudo indica, bolsonaro receberá o que merece e lhe cabe: a lata de lixo da história, a desonra, o julgamento por tribunal internacional – e quiçá a prisão. O presidente cometeu e comete crimes contra a humanidade.
Ao agir com timidez e tibieza o prefeito Greca e o governador Ratinho Jr se colocam a serviço do genocida. Registre-se.