Covid-19 matou 202 profissionais de Saúde no Paraná

Cerca de 30% dos trabalhadores da área ainda não foram vacinados, o que preocupa o sindicato dos médicos

Entre os trabalhadores de Saúde do Estado, 61.113 tiveram suspeita de Covid-19 desde o inicio da pandemia, em março de 2020. Destes, 17.073 foram confirmados com a doença e 13.424 se recuperaram. No entanto, 202 profissionais da área morreram em decorrência do coronavírus. Foram 63 profissionais de enfermagem, 45 médicos, 31 farmacêuticos, 20 dentistas, 15 cuidadores de idosos, oito assistentes sociais, oito trabalhadores da área laboratorial, sete da Psicologia e cinco agentes comunitários.

Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde e foram divulgados pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), que demonstra preocupação. Segundo a entidade, considerando o número de profissionais da Medicina em atividade no Estado – cerca de 30 mil – e o de óbitos registrados, esta é uma das categorias de profissionais com o maior índice de mortalidade.

Outra preocupação do sindicato é com a lentidão no processo de imunização. Passado um mês do início da vacinação, apenas 271.275 paranaenses receberam a primeira dose da vacina, destaca o Simepar. O número representa menos de 2,5% da população total do Estado. Desse total, 37.697 pessoas receberam a segunda dose. 

Entre os trabalhadores da saúde, ressalta a entidade, cerca de 30% ainda não receberam a vacina, muitos deles médicos e médicas. A entidade elaborou um parecer com críticas ao Plano Nacional de Vacinação, no qual relata preocupação com a ausência de educadores e grupos populacionais vulneráveis como ribeirinhos e quilombolas.

O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federal que exigiu do Governo Federal um maior detalhamento deste plano. “O Ministério da Saúde detalhou melhor o plano, mas ainda há muitas lacunas, principalmente no que se refere aos insumos, principalmente as vacinas em si”, avalia a entidade.

O texto destaca que “a definição dos grupos prioritários para início do plano de vacinação possui graves discrepâncias, pois segrega grupos populacionais de extrema relevância para o enfrentamento da Covid-19”, como é o caso dos profissionais da Educação.

Segundo o presidente em exercício do Simepar, Marlus Volney de Morais, “a vacina não é a única solução para a pandemia, mas é, sem dúvida, a forma mais eficaz de poupar sofrimento e salvar vidas”.

Conforme dados divulgados nesta terça-feira (23) pelo Governo, o Paraná acumula 618.936 casos confirmados de Covid-19, sendo 450.509 recuperados e 11.206 mortos pela doença. Em Curitiba, são 138.022 confirmados e 2.852 óbitos por coronavírus até agora.

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