Compra de vacinas deve imunizar 10% dos curitibanos

Valor anunciado por Rafael Greca seria o suficiente para vacinar cerca de 170 mil pessoas

A compra de vacinas do Instituto Butantan pela prefeitura de Curitiba provavelmente será suficiente para imunizar cerca de 10% da população da cidade. Em tese, caso a Anvisa aprove a vacina feita em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a vacinação poderá ter início já em janeiro de 2021.

Os detalhes do acordo entre o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e o prefeito Rafael Greca (DEM) ainda não foram divulgados, mas os valores reservados pela prefeitura de Curitiba equivalem a mais ou menos 340 mil doses da Coronavac. Como cada pessoa precisa de duas doses para ficar imunizada, isso imunizará mais ou menos 170 mil pessoas.

O cálculo é feito a partir do valor anunciado por Greca para a compra (R$ 20 milhões) e o preço estimado de cada dose da Coronavac (pouco mais de dez dólares). Isso significa que a imunização de cada pessoa custará aproximadamente R$ 116 aos cofres públicos. Para vacinar todos os curitibanos, podem ser necessários mais de R$ 200 milhões.

Quem receberá primeiro?

Como a vacina não estará disponível para toda a população no primeiro momento, a primeira pergunta a ser respondida é: quem receberá as doses antes? Em São Paulo, onde o governo contará com 46 milhões de doses, a escolha foi iniciar a vacinação por populações mais vulneráveis, como idosos, indígenas e quilombolas.

A quantidade de doses estimada para Curitiba, porém, não basta para imunizar todos os idosos, por exemplo. A população acima dos 60 anos hoje na cidade é estimada em mais de 300 mil pessoas. Ou seja: a quantidade de doses que os R$ 20 milhões reservados compram imunizariam 60% dessa faixa etária, que em geral apresenta as mais graves consequências do contágio pelo coronavírus.

Em São Paulo, o cronograma anunciado pelo governador João Dória prevê a vacinação já a partir de 25 de janeiro (aniversário da capital). Em Curitiba, ainda não se sabe a data em que a campanha iniciaria. Em todo caso, isso depende de as autoridades sanitárias analisarem os dados da fase 3 de testes da Coronavac para que ela possa ser aprovada.

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