A falta de chuvas pode causar interrupções temporárias no abastecimento de água por toda a região metropolitana de Curitiba. O Plural apurou que desde outubro, segundo o Simepar, a cidade registra déficit de precipitação pluviométrica. Esta semana, a Sanepar anunciou abastecimento reduzido em 28 bairros das regiões Leste, Sul e Oeste da cidade por conta do baixo nível dos reservatórios que atendem essas localidades.
Segundo a empresa, a água consumida nesses locais é captada diretamente dos rios e armazenada em reservatórios. Nos últimos dias, com o aumento da temperatura, o consumo subiu 1,7 milhão de litros por hora.
As paradas no abastecimento anunciadas pela Sanepar têm o objetivo de permitir que o sistema recupere os níveis adequados ao atendimento. A empresa diz que elas não foram consequência do baixo nível da Barragem do Iraí, que está em 49,03%, nem do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba, que está em 68,69%, já que esses reservatórios servem de reserva técnica para o caso de uma estiagem prolongada.
O meteorologista do Simepar, Fernando Mendes, explica que a redução na incidência de chuva na região vem desde outubro de 2019 e é resultado de inúmeros fatos. “A atmosfera tem um comportamento dinâmico”, aponta.
Um dos possíveis fatores pode ser o aumento das queimadas na Amazônia. Mendes explica que a carga de umidade que age na região vem principalmente do Norte do país.
Em março, a média histórica de chuvas é de 128 mm, mas este ano, até o dia 13, choveu apenas 6mm na região. Em fevereiro, choveu 79mm, menos que a média, que é de 150 mm.
Para o metereologista é difícil prever o comportamento das chuvas nos próximos meses, mas o período que começa agora tende a ter, em média, menos chuva. No mês de abril a média história é de 90 mm.
A Sanepar recomenda que as unidades habitacionais tenham caixa d’água de pelo menos 500 litros e que se faça o consumo consciente para evitar desperdício.