Chuvas das últimas semanas aliviam os reservatórios de Curitiba e região

Depois do período crítico em abril a situação mostra leve melhora

Os reservatórios que abastecem Curitiba e região metropolitana tiveram acréscimo no nível de água, chegando aos 54,31% de seu total. O aumento aconteceu depois das chuvas das últimas semanas e colocou a região numa situação menos preocupante em relação a meses anteriores, quando um período crítico de escassez fez com que o estoque caísse 5,5 pontos percentuais.

Segundo o diretor de meio ambiente e ação da Sanepar, Júlio Gonchorosky, por ora não há motivo para maiores intervenções no rodízio que está em vigor na capital. Isso porque os níveis permanecerão satisfatórios mesmo que chova um pouco abaixo da média nos próximos meses: “Tendo chuvas próximas à média, a gente fica mais tranquilo. Caso haja uma escassez mais severa, como aconteceu em abril, daí teremos que mudar o rodízio para algo mais severo. Mas esperamos que as chuvas se mantenham dentro da média e, mesmo se mantendo um pouco abaixo da média, a gente tem uma situação bem gerenciada”, declara.

Gonchorosky também explica que o problema afeta as diversas regiões do Paraná de maneiras diferentes: “Em Curitiba nós temos um problema maior, nós abastecemos 3,5 milhões de pessoas, por isso que aqui nós precisamos de tantos reservatórios. Já no interior do estado, a gente tem abastecimento por poços ou por captação direta nos rios, os chamados rios d’água. Eles respondem muito bem a qualquer chuva, mas por outro lado, são muito sensíveis em relação à estiagem”. 

Porém, os cuidados não devem ser deixados de lado. O meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) Reinaldo Kneib afirma que o ritmo de chuva permanecerá constante até a metade de julho, porém, deverá sofrer queda até o final de setembro: “Serão poucos eventos ao longo desses próximos três meses. Teremos dias consecutivos com tempo estável. Períodos mais sem chuva. As previsões mensais dizem que a gente deve começar a recuperar as chuvas frequentes mais no final do ano. Por volta de outubro, novembro e dezembro.”

Júlio Gonchorosky também ressalta que, mesmo agora em uma situação mais favorável, o problema ainda existe e deve ser pensado a longo prazo: “Hoje a gente está numa crise meteorológica de chuvas menos intensa que o ano passado, mas ainda não foi o suficiente para recuperar plenamente a reserva. Se Curitiba quiser ter água para as próximas décadas é fundamental a conservação da Serra do Mar”, afirma

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