O grupo de 1.547 funcionários da Unimed Curitiba que foi vacinado contra a Covid-19 em convocação especial em 8 de maio na capital recebeu nesta segunda, dia 2, a segunda dose do imunizante. A data também marca três meses do caso, que é alvo de um inquérito civil do Ministério Público do Paraná por suspeita de improbidade administrativa. O inquérito está “atualmente em análise sobre o mérito de seu objeto” segundo a 1a. Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba.
Ainda segundo o MP, a secretaria municipal esteve em reunião com a promotoria e apresentou os documentos solicitados quando o inquérito foi instituído, em junho. O órgão, no entanto, não quis detalhar se entre os dados apresentados estão os nomes e cargos das 1.547 pessoas vacinadas, uma informação que a prefeitura de Curitiba havia se negado a fornecer ao MP e à Câmara Municipal de Curitiba.
Fura fila
A vacinação de funcionários da Unimed Curitiba foi revelada pelo Plural um dia antes da data prevista para a aplicação da vacina. Segundo a empresa, a pedido da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) eles enviaram uma lista de funcionários que não haviam ainda sido vacinados. O grupo de 1,5 mil pessoas foi incluído na categoria Profissionais de Saúde e recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer no dia 8 de maio.
Segundo a SMS, os funcionários da Unimed e também de outros planos de saúde da cidade foram vacinados porque havia a previsão de inclusão de profissionais administrativos no grupo prioritário de profissionais de saúde previsto no Plano Nacional de Vacinação. Em resposta a questionamento feito pelo MP-PR, a SMS comparou a situação de funcionários administrativos da Unimed com funcionários em função semelhante do Hospital de Clínicas.
Após o caso vir a público o MP pediu explicações à SMS para verificar se houve desrespeito a fila de prioridade na vacinação e concessão de benefício a instituição privada.
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