Nesta semana Diego e Murillo Xavier registraram um boletim de ocorrência na DHPP – Núcleo de Direitos Humanos e Proteção à Vulneráveis, em Curitiba. O motivo? LGBTIfobia.
Os curitibanos estrelaram uma campanha da Volkswagen sobre o novo Polo e logo que a propaganda começou a ser veiculada surgiram manifestações preconceituosas nas redes sociais. Diego chegou a ser ofendido em um restaurante ao ser reconhecido.
Com o registro do boletim de ocorrência, a Polícia Civil (PC) instaurou um inquérito para apurar o caso. O crime de LGBTIfobia é tratado exatamente como um caso de racismo, e, de acordo com o delegado responsável, Cláudio Marques, é justamente nas redes sociais onde surgem grande parte dos ataques.
“Geralmente as pessoas tratam as vítimas com desrespeito e usam termos pejorativos. Depois, quando são identificadas, geralmente dizem que foi um mal entendido, não era bem aquilo”, revela.
Os ataques, mesmo quando não são físicos, deixam marcas. Diego, pro exemplo, afirma que sente medo das ameaças. “Mas o meu compromisso com a minha comunidade, com a minha família e com o meus país é muito maior”, pondera.
Denúncias
Crimes de ódio podem ser denunciados em qualquer delegacia da Polícia Civil no Paraná, e, para o delegado é importante que as vítimas busquem as autoridades para coibir ações como estas.
“O registro [do boletim] permite que sejam adotadas providências. Não é uma opinião, é sobre direitos humanos. Veja o regime nazista, começou com discursos e terminou na maior vergonha da história da humanidade”, analisa o delegado.
Além as delegacias, especificamente em Curitiba, é possível buscar auxílio junto ao Grupo Dignidade, que tem um setor jurídico para atender pessoas vítimas de LGBTIfobia.
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