Brasil registra denúncia de agressão contra LGBT a cada cinco horas

Os homens gays foram os que mais sofreram casos de LGBTfobia

Todos os dias ao menos cinco casos de agressões contra LGBT são registradas em média no Brasil. Em 2018, foram 1.685 denúncias de agressões e demais violações de direitos. No Paraná, foram ao menos 46 relatos de agressões no mesmo período. Os dados são do relatório de denúncias do Disque Direitos Humanos (Disque 100), do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), referentes aos atendimentos anuais.

A maior parte dos registros, cerca de 85%, é sobre casos de discriminação e violências física, psicológica e institucional. Pelos dados do MDH, desde 2011, foram registradas 14 mil denúncias de agressão contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Sétimo estado com maior número de agressões contabilizadas, o Paraná registrou 582 casos de LGBTfobia em sete anos.

Na série história do MDH, em números totais, São Paulo é o estado com maior número de denúncias de agressões contra LGBT no país, contabilizando 2,2 mil no período, ou seja, um caso de LGBTfobia por dia. No comparativo, o estado é seguido de Rio de Janeiro, 1,1 mil denúncias, e Minas Gerais, com 961 registros.

Em termos proporcionais à população, o Distrito Federal é quem mais contabiliza casos de violações de direitos no período, cerca de 22 por 100 mil habitantes, seguido de Piauí, com 13 casos por 100 mil habitantes. Com base na população estimada pelo IBGE, o Paraná registrou em sete anos 5,5 denúncias de agressões a cada 100 mil habitantes.

Pelo relatório, os homens gays foram os que mais sofreram casos de LGBTfobia. Cerca de 65% dos casos registrados em 2018 foram de agressões contra homens gays. Metade das violações denunciadas foram sofridas por pessoas que estão entre 18 anos e 35 anos.

Já com relação aos agressores, a maior parte são homens, brancos, com idade entre 25 anos a 55 anos. Em mais de 60% dos casos registrados no ano passado no país não foram relatadas as formas de relação entre os agressores e as vítimas. Do percentual restante, a maior parte, 10%, são vizinhos, seguido de parentes como pais e irmãos, 9%.

De acordo com o levantamento do MDH, 30% das violações ocorrem na rua. Ainda sobre os locais de agressões, a casa da vítima aparece com um alto índice, de 20% dos casos.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima